Correção: Marta critica adversários e nega campanha

PUBLICIDADE

Por Clarissa Oliveira
Atualização:

A nota anterior tinha um erro. Marta atribui ao governo de Geraldo Alckmin a construção de 2,5 quilômetros de metrô, e não 6,5 quilômetros. Segue a nota corrigida: A ex-ministra do Turismo e pré-candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, voltou a atacar hoje o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM), a quem deverá enfrentar nas eleições municipais deste ano. Negando mais uma vez que já tenha iniciado sua campanha eleitoral antes do prazo legal, Marta aproveitou encontros com a militância petista, próximos a dois Centros de Educação Unificados (CEUs), para criticar a atuação dos rivais nas áreas de educação e transporte. "Faltou planejamento", disse a ex-ministra, citando como exemplo a recente inauguração de um CEU no Jardim Paulistano, por Kassab. A obra, segundo ela, foi entregue apenas com as salas de aula prontas para uso, porém sem as estruturas cultural e esportiva características dos centros. "Eles fazem muito pouco com o dinheiro que arrecadam e fazem desse jeito, um CEU inaugurado só com salas de aula". Marta visitou também os arredores do CEU de Vila Atlântica que, de acordo com ela, está há dois anos com a piscina fora de funcionamento. A gestão atual, afirmou a petista, não tem executado o modelo idealizado para os CEUs em sua gestão. "Fiquei muito triste", afirmou. "O que eu vi é que o conceito dos CEUs não está sendo realizado". As críticas a Alckmin vieram logo após a ex-ministra ser cobrada por um morador da região por investimentos em metrô, quando era prefeita. Marta rebateu lembrando que se que trata de uma responsabilidade do governo estadual. "As pessoas dizem que na minha gestão a Prefeitura não investiu em metrô, vamos com calma", declarou. "No Estado, a responsabilidade é Metrô. Em 12 anos de tucanos, praticamente não fizeram metrô na cidade de São Paulo. O último foi o Alckmin que, em seis anos e meio, fez 2,5 quilômetros". Nas duas visitas, Marta fez questão de destacar que não estava em campanha ainda, nem tinha a intenção de pedir votos, já que a lei eleitoral só permite essa prática a partir do dia 6 de julho. Apesar disso, o presidente do PT na região da Freguesia do Ó, Martinsalém Covas Pontes, deixou escapar, ao encerrar o ato, que "Marta é candidata. A companheira que veio ouvir a população carente". Questionada sobre o ocorrido, a ex-ministra disse estar apenas exercendo seu direito de cidadã de se reunir em locais privados com pessoas interessadas em ouvi-la. "E acho que isso não vão cercear também, seria um pouco além da conta, já foi além da conta esse primeiro cerceamento", disse Marta, multada ontem pela Justiça Eleitoral, que entendeu como propaganda antecipada entrevistas concedidas por ela ao jornal Folha de S.Paulo e à revista Veja São Paulo. Além disso, a petista disse não ver importância na manifestação de seu colega de partido. "Às vezes podem cometer um ato falho, eu acho que isso não tem nenhuma importância. Estou em um lugar privado e com a militância petista".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.