Correção: Anatel quer 'maquiar' venda da TVA, diz Renan

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Por ANA PAULA SCINOCCA E NERI VITOR EICH
Atualização:

Na nota anterior, havia um erro no primeiro parágrafo. Onde está escrito "por quase R$ 1 milhão", o correto é "por quase R$ 1 bilhão", como no texto abaixo: O presidente do Senado, no pronunciamento feito hoje da tribuna, acusou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de pretender "aprovar uma operação ilegal" na reunião da diretoria marcada para a próxima semana. A Anatel, de acordo com Calheiros, planeja "maquiar uma transação ilegal", que seria a venda da empresa de TV a cabo TVA, do Grupo Abril, para o grupo espanhol Telefônica, em São Paulo, por quase R$ 1 bilhão. "A idéia (na reunião) é trocar os acionistas, os ''''laranjas'''', na tentativa de aprovar um negócio flagrado na ilegalidade, conforme voto de um conselheiro da Anatel publicado na própria internet", afirmou Calheiros no discurso. "Quero reiterar que a negociata fere os interesses nacionais, restringe a concorrência e agride o mercado", prosseguiu o senador. Segundo ele, "o grupo Abril, dono da revista ''''Veja'''', desafia a legislação brasileira ao transferir para a Telefônica, empresa estrangeira, o controle total de uma operadora de televisão em São Paulo." Foi a revista ''''Veja'''' que publicou reportagem segundo a qual Calheiros teria pago despesas pessoais com dinheiro de um lobista de uma empreiteira. No discurso, o senador fez outra denúncia: "Essa deprimente operação pretende repassar também à Telefônica 86,7% da Comercial Cabo, também em São Paulo, e 91,5% da TVA Sul, que alcança Curitiba, Foz do Iguaçu, Florianópolis e Camboriú." O presidente do Senado fez um apelo a favor da suspensão da reunião do Conselho Diretor da Anatel: "Peço ao ministro das Comunicações (Hélio Costa), ao diretor-presidente da Anatel (Ronaldo Sardenberg) que suspendem o julgamento (da venda da TVA à Telefônica) em razão das irregularidades apontadas. Não pode haver tolerância com esse tipo de negócio." O senador reiterou também que já enviou expedientes ao Supremo Tribunal Federal, ao Ministério Público, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ao Senado, à Polícia Federal, Ministério das Comunicações, Parlamento espanhol e governo espanhol apresentando suas denúncias em relação ao Grupo Abril.

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