PUBLICIDADE

Corpo de Déda segue para Salvador, onde será cremado

Velório de governador foi encerrado nesta terça e cinzas devem ser levadas a diferentes locais, a pedido do governador

Por ANTONIO CARLOS GARCIA
Atualização:

Após receber milhares de pessoas durante o dia, o corpo do governador de Sergipe Marcelo Déda deixou Aracaju no final da tarde desta terça-feira, 3, rumo a Salvador, onde será cremado.O corpo ficou exposto pela manhã no Palácio Museu Olímpio Campos, no centro da capital e, por volta do meio-dia,foi colocado no meio na praça Olímpio Campos, onde o caixão foi aberto e as pessoas puderam vê-lo pela última vez.

PUBLICIDADE

Atendendo ao desejo do governador, houve um culto ecumênico para toda população e, logo em seguida, a Polícia Militar (PM) fez as honras de chefe de Estado. Artistas sergipanos, como Erivaldo de Carira, Joseane de Joza e Jailton do Acordeon cantaram sucessos de Luiz Gonzaga.

Em seguida o corpo seguiu para o Aeroporto Internacional de Aracaju num caminhão do Corpo de Bombeiros, onde um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) já aguardava para seguir para Salvador. O governador da Bahia, Jacques Wagner, que esteve no velório em Aracaju, estava na Base Aérea aguardando a chegada do corpo de Déda e seus familiares.

Parte das cinzas do governador serão jogadas na praia do Abaís, em Estância, a 67 quilômetros da capital. Outra será enterrada próxima a uma árvore plantada por ele e pela família, em 2006, no Parque Augusto Franco (conhecido como Parque da Sementeira), na zona sul de Aracaju. O que restar ficará a cargo da família.

Esses foram alguns dos desejos de Déda, contudo, ainda não há data definida para colocação das cinzas nestes locais. A presidente Dilma Rousseff decretou luto oficial de três diasem todo País nesta terça-feira pelo falecimento do petista.

Culto. O irmão de Marcelo Déda, o desembargador Cláudio Déda, presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, disse que é uma perda incomensurável para a família. "Ele se dedicou muito a sua família dando bons exemplos. Apesar de ser mais velho que ele, quase 15 anos, ele discutia muito comigo a respeito de política nacional e mundial", disse.

O desembargador disse que o irmão foi muito culto e gostava de ler bons livros. "No início de sua carreira, eu o incentivei a deixar a política porque a considerava muito ingrata, pensava eu. Meu avô sofreu muito e eu não queria que ele tivesse a mesma colocação de meu avô. Mas ele deixou muita coisa boa, realizou muitas obras estruturantes para o povo mais pobre de Sergipe".

Publicidade

Livro. A Presidência da República anunciou que lançará um livro de poesias de Marcelo Déda, a pedido dele próprio. Também já está sendo pensada a criação de um instituto que levará o seu nome.

O subsecretário de Desenvolvimento Energético, José Oliveira Júnior, disse que esse instituto será pensado com familiares e amigos mais próximos. "Uma instituição na qual se possa preservar o arquivo pessoal e manter seu legado de valores, de práticas políticas, de credo, o seu ideário político", disse Oliveira.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.