Coordenador do plano de banda larga rechaça denúncia

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Por Gerusa Marques
Atualização:

O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santana, um dos coordenadores do Plano Nacional de Banda Larga, disse que a denúncia de favorecimento do ex-ministro José Dirceu com a reativação da Telebrás e o uso de fibras óticas da Eletronet está "completamente equivocada"."A eventual solução para o uso das fibras óticas do sistema Eletrobrás não vai provocar nenhum benefício nem a sócios, nem a credores, nem a grupos privados", afirmou Santana. Ele disse que os detentores de ações da Eletronet não serão beneficiados, porque a utilização das fibras pelo governo não passa em "nenhum momento" por um acordo com a Eletronet. Segundo ele, o governo vai utilizar a parte das fibras que pertencem à Eletrobrás."A Eletronet é uma massa falida que continua lá. O que o governo federal pode eventualmente lançar mão é das redes de distribuição de fibras óticas que estão de posse do sistema Eletrobrás. Não tem nenhuma relação econômica com a Eletronet", afirmou.Segundo o secretário, os atuais sócios da Eletronet são sócios de uma dívida e tem obrigação com o credores. Santana acredita que a denúncia não vai influenciar no processo de elaboração do Plano Nacional de Banda Larga. Para ele, planos como esse do governo afetam interesses econômicos de vários grupos e é natural que surjam matérias especulativas sobre o assunto.Quanto a possibilidade do DEM pedir a abertura de uma CPI para investigar a denúncia, Santana disse que o DEM está precisando mesmo de algumas ações. "Politicamente, o DEM, hoje se encontra numa situação de constrangimento com os seus dois principais expoentes no Distrito Federal e na Prefeitura de São Paulo. O DEM devia começar a se preocupar com esses casos, que são de sua responsabilidade", afirmou o secretário.

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