Convênios do Incra em São Paulo estão sob investigação

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

A Federação das Associações dos Assentados e Agricultores Familiares do Oeste Paulista (Faafop) e a Associação Amigos de Teodoro Sampaio, ligadas a José Rainha Júnior, preso hoje numa operação da Polícia Federal (PF), são investigadas também por desvio de recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Entre 2007 e 2009, as entidades receberam R$ 10 milhões através de convênio com o MDA para um programa de construção de moradias nos assentamentos, mas o Ministério Público Federal (MPF) encontrou irregularidades na prestação de contas da primeira parcela, de R$ 3,5 milhões. Notas frias teriam sido usadas para justificar as despesas. Convênios do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em São Paulo com outras entidades ligadas aos sem-terra também estão sob investigação. A Procuradoria da República em Ourinhos abriu inquérito para apurar a venda irregular de 400 mil metros cúbicos de madeira do Horto de Iaras, objeto de convênio entre o Incra e a Cooperativa dos Assentados da Reforma Agrária na Região de Iaras (Copafi), do Movimento dos Sem-Terra (MST). Parte do dinheiro da madeira, que custou R$ 13 milhões ao erário, desapareceu. O MPF apura desvio semelhante no Horto Aimorés, em Pederneiras, região de Bauru. Um convênio do Incra com o Instituto de Orientação Comunitária e Assistência Rural (Inocar), com sede em Itaberá, também está sob investigação. A entidade, ligada ao MST, recebeu R$ 5 milhões para fazer o georreferenciamento de pequenas propriedades rurais, mas teria terceirizado irregularmente o serviço.

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