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Convenção do PSDB começa com discursos e música do Afroreggae

Sigla anunciará modificação no estatuto que ampliará sua Executiva

Foto do author Pedro  Venceslau
Por Isadora Peron e Pedro Venceslau
Atualização:

BRASÍLIA - A convenção nacional do PSDB, que vai reconduzir o senador Aécio Neves (MG) à presidência do partido, acontece em um hotel em Brasília, localizado a poucos metros do Palácio do Alvorada, residência oficial da presidente Dilma Rousseff.

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O PSDB vai anunciar uma modificação em seu estatuto que ampliará o tamanho da sua Executiva. Uma das novidades é que o setorial de mulheres vai passar a ocupar um posto na cúpula do partido. No sábado, a deputada federal Mariana Carvalho (RN), foi escolhida para ocupar uma das seis vice-presidências da nova composição do diretório.

A expectativa é que o evento reúna cerca de 2 mil pessoas. Os militantes usam camisetas azuis ou amarelas com o slogan escolhido para a convenção: "PSDB, oposição a favor do Brasil".

Discursos de integrantes do partido são intercalados com musicas tocadas pela banda Afroreggae. O líder da ONG, José Júnior, apoiou Aécio na campanha presidencial do ano passado.

Impeachment. Diante do agravamento da crise política enfrentada pela presidente, tucanos já falam abertamente, durante a convenção, da possibilidade de voltar ao poder antes de 2018. 

Em discurso no evento, o deputado Izalci Ferreira (PSDB-DF) disse ter certeza que a presidente vai ser afastada do cargo, seja através de um impeachment ou pela cassação do mandato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Eu sei que logo, logo nós estaremos governando este País, porque eu tenho certeza absoluta que o TSE, e depois a Câmara e o Congresso Nacional, vão fazer o impeachment e o afastamento deste governo", afirmou.

A presidente também foi criticada por outros deputados que fizeram discursos. Marcus Pestana (MG) lembrou da baixa popularidade de Dilma revelada pelas últimas pesquisas. Já Bruno Araújo (PE) afirmou que o PT ganhou as eleições "na base da mentira" e acusou o partido de "passar a mão no dinheiro das estatais".

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Fora do palco principal, dirigentes da sigla também defendiam que construir alternativas à saída de Dilma da presidência não pode ser visto como "golpe". "O acirramento da crise econômica e o aprofundamento da crise política obrigam partidos com alguma perspectiva de poder a traçar cenários, mas isso não significa que seja golpe", disse Silvio Torres, que vai assumir a secretaria-geral do partido.

Como mostrou o Estado, na última semana interlocutores do PMDB procuraram a cúpula do PSDB para conversar sobre um eventual afastamento da presidente do cargo.

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