PUBLICIDADE

Contratos da Caixa estão irregulares há 9 anos, diz TCU

Por Agencia Estado
Atualização:

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou uma série de irregularidades em contratações e aquisições de bens e serviços de informática pela Caixa Econômica Federal nos últimos nove anos. Foram analisados contratos que somam R$ 1,3 bilhão, desde a gestão de Sérgio Cutolo (1995 a 1999), até a atual administração de Jorge Mattoso. Os técnicos do tribunal detectaram problemas como contratação por dispensa de licitação sem justificativa de emergência; acréscimo contratual acima do limite legal; licitação sem estar caracterizada a inviabilidade de competição e pagamentos sem cobertura contratual. O relatório, assinado pelo ministro Marcos Vilaça, foi aprovado na quarta-feira, faz várias determinações para a instituição sanar os problemas, mas não estabelece punições aos dirigentes. ?A unidade técnica não constatou a ocorrência de prejuízos ou de má-fé que ensejassem a audiência ou citação dos responsáveis?, explica o relator, que pede, no entanto, uma investigação melhor dos contratos. ?Entendo que essas questões são relevantes e exigem exame detalhado?, afirma. O tribunal determinou um prazo de 120 dias para que a Caixa adote um controle para todas os contratos. Durante o período analisado, 66% das aquisições e contratações foram por feitos de forma direta. ?A quase totalidade dessas transações ocorreu sob a alegação de exclusividade do fornecimento, apesar da existência outras empresas do setor de tecnologia e, em conseqüência, da obrigatoriedade de licitação?, diz o relatório. A diretoria da Caixa só irá se manifestar sobre o relatório depois de ser notificada formalmente pelo TCU, mas uma fonte da instituição explica que uma auditoria interna já havia identificado alguns contratos citados.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.