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Contra discurso do golpe, Temer vê normalidade das instituições

Em vídeo exibido em Lisboa, vice-presidente da República elogiou Judiciário por 'presença muito forte e muito significativa'; do lado de fora da universidade, manifestantes faziam críticas ao que eles consideram uma tentativa de golpe ao governo Dilma

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Por Redação
Atualização:

Lisboa - O vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse, em mensagem de vídeo exibida na manhã desta terça-feira, 29, em um seminário de direito em Lisboa, que as instituições brasileiras estão funcionando normalmente. A declaração foi dada enquanto, do lado de fora da Universidade de Lisboa, cerca de 200 brasileiros protestavam contra o que eles consideram uma tentativa de golpe contra o governo de Dilma Rousseff.

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Temer não foi a Portugal, como estava previsto, para participar do IX Seminário Luso-Brasileiro de Direito, evento promovido pela escola do Instituto Brasiliense de Direito Público, do qual o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, é um dos fundadores. Mendes coordenou a realização dessa atividade em Lisboa e não reagiu aos protestos do lado de fora. Segundo o ministro, esse tipo de manifestação é normal na democracia.

Na mensagem exibida na academia portuguesa, Michel Temer também exalta o que chamou de “presença muito forte e muito significativa” do Judiciário. Para o vice-presidente, essa presença deve ser “saudada” por todos que “se preocupam com o bom comportamento ético, político e administrativo”.

Michel Temer defendeu a eficiência da democracia. “Há novas realidades no Brasil e as pessoas passaram a exigir eficiência nos serviços privados e um comportamento político adequado aos órgãos públicos", disse Temer em um trecho da gravação.

Além de Gilmar Mendes, o evento em Lisboa também reuniu outras autoridades brasileiras. O ministro do STF Dias Toffoli, o ex-Advogado-Geral da União Luis Inácio Adams, o senador Jorge Viana (PT) e o senador José Serra (PSDB) também estavam na capital portuguesa nesta terça-feira. Aécio Neves (PSDB) falará no mesmo evento na próxima quinta-feira, quando novas manifestações estão marcadas.