Com o intuito de mostrar à população quem são os maiores prejudicados pela corrupção, o Estado organiza, em parceria com a agência Momentum, uma grande ação na Praça da Sé, no coração da cidade. Entre esta segunda-feira, 2, e o próximo domingo, 8, um espelho de 4 x 6 metros fará com que os transeuntes do Centro vejam a si mesmos como os maiores prejudicados pelo desvio do dinheiro público. Passada a mensagem, a ideia é impulsionar a campanha #votointeligente a fim de que os eleitores se preparem melhor para o pleito mais incerto do período democrático brasileiro.
Diante do aumento das notícias falsas compartilhadas nas redes sociais, informar-se por veículos confiáveis como o Estado é importante para o processo eleitoral. “Vivemos um momento crucial no Brasil. Diariamente, o Estadão retrata o triste cenário do País com notícias sobre desvios de verbas em atos de corrupção e de pessoas sofrendo com a falta de recursos para Saúde, Educação, Segurança e outros setores primordiais”, aponta o diretor executivo comercial, Flávio Pestana.
Nas redes. A campanha também vai se espalhar por anúncios nas redes sociais do jornal e em ações voltadas para um grupo de influenciadores digitais. Eles receberão uma edição especial do jornal com sobrecapa laminada, em alusão ao espelho.
Para a agência Momentum, é essencial que a população se veja como parte afetada pelo problema. “A ação foi pensada para ser a mola propulsora de uma mudança possível de ser realizada já nas próximas eleições”, explica a agência. A Momentum ressalta a importância do jornalismo com informação de qualidade, sem o qual não há democracia. Em momentos como o atual, em que há uma crescente onda de fake news, isso se torna ainda mais claro.
A ação não poderia vir em momento mais propício. O apoio às investigações contra a corrupção é enorme na sociedade. Segundo pesquisa do Ipsos, mais de 90% dos brasileiros, fartos de verem o dinheiro público indo para bolsos privados, são a favor da continuidade da operação Lava Jato. E não se trata de um lampejo: a média da pesquisa tem sido essa nos últimos dois anos, o que expõe os anseios de mudança. O estudo também mostra que dois a cada três brasileiros acreditam que a investigação tem potencial para transformar o Brasil em um país sério.