Consumidor faz de tudo para continuar tratamento

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A administradora de condomínio Mônica Couto Parisi, de 39 anos, sentiu como nunca este ano a elevação dos preços dos medicamentos. "No começo do ano, eu gastava R$ 35 e hoje gasto R$ 100. São os mesmos remédios e a mesma quantidade. O meu salário não teve esse reajuste." Mônica faz um tratamento diário e, para fugir dos aumentos, já trocou de fabricantes, migrou para os genéricos, sempre em busca do menor preço. "Hoje em dia a gente vai à farmácia e diz, ?qual é o mais barato??" Diante do argumento dos laboratórios de que o aumento vem da disparada do câmbio (causando um impacto no preço das matérias-primas), Mônica pergunta: "Agora o dólar já baixou um pouco, por que também não baixam um pouco os preços dos remédios?" Mãe de três filhos, Rita Gerez, de 38 anos, também reclama dos preços. Somente em remédios e produtos de farmácia, ela gasta por mês cerca de R$ 200. "O Nazacort custava R$ 32 e agora, três meses depois, já está R$ 38". Rita compra com freqüência este e outros medicamentos, entre antialérgicos e antiinflamatórios, para sua filha que faz tratamento contra alergia. "Seria bom uma política para baixar ou para pelo menos manter os preços", diz ela. "Todos sabem que a indústria lucra muito, mas não sei como o futuro governo pode tentar reduzir os preços. Sempre que acontece algum abuso, o governo monta alguma comissão, mas depois de um certo tempo ninguém vê muito resultado", diz com ceticismo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.