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Conselho de Ética da Câmara julga Paulinho nesta quarta-feira

Relator do processo pediu a cassação do mandato do parlamentar, mas a tendência no Conselho é absolvê-lo

Por AE
Atualização:

Seis meses depois de denunciado, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, será julgado nesta quarta-feira, 3, no Conselho de Ética da Câmara por suspeita de envolvimento na liberação irregular de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O nome de Paulinho apareceu durante as investigações da Operação Santa Tereza, da Polícia Federal. O relator do processo, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), pediu a cassação do mandato do parlamentar, mas a tendência no Conselho de Ética é absolvê-lo. Veja Também:Entenda a Operação Santa Tereza "Agora é ir para o voto", disse ontem Piau. Paulinho avisou que não vai comparecer ao julgamento porque hoje pretende comandar a 5ª Marcha das Centrais Sindicais, que deverá reunir cerca de 30 mil pessoas em Brasília. A expectativa é de que o relatório de Piau seja rejeitado por, no mínimo, 8 dos 15 integrantes do conselho que terão direito a voto. O oitavo voto deverá ser dado pelo presidente do colegiado, Sérgio Moraes (PTB-RS), que só vota nos casos de empate. Até ontem, o relatório de Piau, pela cassação, tinha garantido cinco votos favoráveis: dois de deputados do PSDB, um do DEM e um do PPS, além do voto do próprio relator. A base aliada deve votar em peso contra o pedido de cassação. Piau não deverá ter o apoio nem mesmo dos integrantes de seu partido. A dúvida ontem era em relação ao comparecimento de dois deputados do PT integrantes do conselho. Eles não se pronunciaram publicamente sobre seus votos, mas a expectativa era de que, se forem à sessão de hoje, o placar chegasse a 7 votos a favor do relatório. Mas, se os petistas não comparecerem e forem substituídos por suplentes, o relatório de Piau deverá ser derrubado por 9 votos a 5 - nesse caso o presidente do conselho não precisa votar. A provável absolvição de Paulinho no Conselho de Ética faria parte de acordo celebrado no período pré-eleitoral, que viabilizou o apoio do bloquinho - integrado pelo PDT, PSB, PC do B, PMN e PRB - à candidatura da ex-ministra Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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