Conselho agora quer punir corregedores corporativistas

Por Felipe Recondo e BRASÍLIA
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A realidade encontrada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nos Estados comprovou uma suspeita antiga: as corregedorias pouco ou nada fazem para investigar e punir irregularidades de juízes - mesmo os casos mais evidentes, como a contratação de parentes, a paralisia de processos ou o desperdício de dinheiro público. Quando se torna inevitável a punição, o processo caminha lentamente ou a punição é incompatível com a gravidade do caso - constatação que levará o CNJ a punir os corregedores corporativistas. No Maranhão, por exemplo, o prazo entre a denúncia de irregularidade praticada por um juiz e a instauração da sindicância chega a dois anos. Há processos desde 2003. "As corregedorias não estão atuando como deveriam. Elas têm sido falhas e omissas na apuração de irregularidades", admitiu o corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp. "Na média, as corregedorias têm deixado a desejar", confirmou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, Gilmar Mendes.

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