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Conheça a trajetória política de Gleisi Hoffmann

Saiba mais sobre a nova ministra da Casa Civil

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Por Redação
Atualização:

CURITIBA - Mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, Gleisi Helena Hoffmann, de 45 anos, já atuou por duas vezes em setores do Poder Executivo, como secretária extraordinária de Reestruturação Administrativa no primeiro mandato de Zeca do PT à frente do governo de Mato Grosso do Sul, em 1999, e como secretária de Gestão Pública da Prefeitura de Londrina, em 2001. Também foi a responsável pela Diretoria Executiva Financeira da Itaipu Binacional entre 2003 e 2006.

 

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Nascida em Curitiba no dia 6 de setembro de 1965, formou-se em Direito em 1989. Ela já tentou por uma vez, em 2008, conquistar o cargo de prefeita da capital paranaense, mas foi derrotada por Beto Richa (PSDB), hoje governador do Estado. Antes, em 2006, havia tentado uma vaga no Senado pela primeira vez, conquistando 45,14% do total da votação. Na segunda tentativa, no ano passado, foi a candidata mais votada para o cargo com mais de 3,1 milhões de voto. Contou particularmente com o apoio integral do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata Dilma Rousseff.

 

O ministro das Comunicações de Dilma é seu segundo marido, com quem tem dois filhos, João Augusto e Gabriela Sofia. A militância política vem dos tempos de estudante nos colégios Nossa Senhora da Esperança e Nossa Senhora Medianeira, com os grêmios estudantis e, posteriormente, como dirigente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Gleisi fez também especialização em Gestão de Organizações Públicas e Finanças Públicas.

 

O movimento estudantil colocou-a em contato com o PC do B, seu primeiro partido político. Mas o contato com a classe política veio no período da faculdade quando, para pagar os estudos, passou a trabalhar como assessora parlamentar na Assembleia Legislativa do Paraná e, posteriormente, como assessora do então vereador Jorge Samek, que se elegeu pelo PMDB, na Câmara Municipal de Curitiba. O mesmo Samek que mais tarde a levaria para um cargo em Itaipu Binacional, ocupado pela primeira vez por uma mulher, e que a conduziu ao PT em 1989.

 

Em entrevista na época da campanha eleitoral para a prefeitura de Curitiba, Gleisi destacou que foi nesse período que ela se interessou por orçamento público. "O PT precisava entender sobre o orçamento de Curitiba para poder estabelecer seus debates políticos a respeito das prioridades de investimentos na cidade", justificou. O interesse pela política levou-a à liderança dos petistas no Paraná, onde chegou a presidir o partido, e a participar do diretório nacional do PT.

 

Brasília descortinou-se para Gleisi em 1993, quando foi trabalhar no Congresso Nacional, particularmente na Comissão de Orçamento. Depois integrou a equipe de Zeca do PT, em Mato Grosso do Sul, coordenando uma equipe que conduziu uma reforma administrativa, reduzindo secretarias e cargos em comissão. Também esteve à frente da organização do sistema de Previdência dos servidores estaduais.

 

Como secretária durante a gestão do prefeito Nedson Micheletti em Londrina, Gleisi iniciou a discussão sobre o plano de carreira dos servidores e implantou o pregão eletrônico para compras, gerando economia de 30%. A nova ministra-chefe da Casa Civil foi uma das que trabalharam juntamente com o ex-ministro Antônio Palocci e Dilma Rousseff na equipe de transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.

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A recompensa veio com o cargo de diretora financeira de Itaipu Binacional, onde comandava, á época, um orçamento anual superior a US$ 3 bilhões. Foi de sua equipe que nasceu o sistema de gestão integrada com o Paraguai. Como única mulher na diretoria, Gleisi era uma das vozes mais ativas na expansão do serviço de saúde, na criação de uma rede de combate à prostituição infantil e no atendimento à vítima de violência.

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