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Congresso mantém veto de Bolsonaro a propaganda partidária

Partidos políticos não poderão exibir inserções semestrais no rádio e na TV

Foto do author Daniel  Weterman
Por Daniel Weterman e Renato Onofre
Atualização:

BRASÍLIA – Deputados e senadores deixaram de votar 24 projetos que garantiriam um total de R$ 22,8 bilhões para que os ministérios terminassem o ano cumprindo seus compromissos. A decisão foi tomada após o bloco de partidos conhecido como Centrão não conseguir derrubar vetos do presidente Jair Bolsonaro à propaganda partidária

Os projetos do Palácio do Planalto que abrem crédito extra no Orçamento para diversos ministérios devem ficar sem análise do Congresso neste ano. Nesta terça-feira, o veto à propaganda foi mantido por não haver votos suficientes no Senado para retomar o conteúdo da minirreforma eleitoral. 

Congresso se reúne nesta terça, 3, para analisar vetos de Bolsonaro a reforma de regras eleitorais Foto: Gabriela Biló/Estadão

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O Congresso deve apenas terminar de analisar dois vetos presidenciais que trancam a pauta e já partir para votação do Orçamento de 2020 no próximo dia 17. O líder da Maioria na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que não há mais tempo para votar esses projetos de interesse do Palácio do Planalto. “Foi muita patinação. Aqui, a gente não tem clima para patinação”, disse.

Integrantes do Centrão na Câmara se irritaram com senadores e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), por deixar que os vetos fossem mantidos. Após a sessão, Alcolumbre saiu às pressas do Congresso sem falar com a imprensa.

O veto de Bolsonaro à propaganda partidária foi rejeitado por 277 votos na Câmara e por 39 no Senado. Para que fosse derrubado, no entanto, eram necessários 41 votos no Senado. Os partidos não terão direito a exibir a publicidade semestral das legendas no rádio e na TV. 

Após o resultado, o Centrão entrou em obstrução e derrubou a sessão. O Congresso ainda precisa analisar outros vetos de Bolsonaro à minirreforma eleitoral, entre eles o pagamento de multas e débitos com o Fundo Partidário.

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