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Conflitos agrários diminuem em 2006, diz Comissão Pastoral

Conflitos por terra, ocupações e acampamentos caíram 7,82% em relação a 2005

Por Agencia Estado
Atualização:

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou, nesta segunda-feira, o relatório Conflitos no Campo Brasil 2006, que aponta que o número de conflitos por terra, de ocupações e de acampamentos no País diminuiu 7,82%, em relação a 2005. Em 2006, segundo a CPT, foram registradas 1.212 ocorrências - 761 conflitos, 384 ocupações e 67 acampamentos -, enquanto em 2005 foram 1.304. Já o número de assassinatos passou de 38, em 2005, para 39 no ano passado. Contudo, houve diminuição de 10,54% no número de mortos em conseqüência dos conflitos - de 64, em 2005, para 57 em 2006. O Pará foi o Estado campeão de ocorrências, com 151. Em segundo, aparece São Paulo, com 134, seguido de Pernambuco (123) e Paraíba (101). Já o Acre foi o Estado com menos conflitos, registrando apenas três casos. Para o secretário da Coordenação Nacional da CPT, Antonio Caputo, os número de conflitos no campo ainda é elevado devido à concentração de terras, à propriedade da terra como valor absoluto, sem dar valor à função social, e à impunidade. Na avaliação do professor da Universidade Federal Fluminense Carlos Walter Porto Gonçalves, apesar da redução dos conflitos, as condições para que ocorram atritos permanecem. "Houve uma pequena queda estatística, mas o patamar de conflitividade é o mesmo?. Segundo o pesquisador, em 2003 houve aumento de prisões e despejos de trabalhadores, feito pelos governos e Judiciários estaduais. "Houve uma estadualização das violências. O governo Lula também não acompanhou no sentido da reforma agrária?.

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