Confira ponto a ponto a pesquisa CNI/Ibope

Levantamento tratou da popularidade de Lula e de outros indicadores

Por Agencia Estado
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A pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quinta-feira, 12, abordou diversos temas, além da popularidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apresentou queda, e de outros indicadores relacionados à sua gestão. Os entrevistados também responderam questões sobre expectativa de inflação, emprego e renda. Foram ouvidas 2 mil pessoas, entre 28 de março e 2 de abril, em 140 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais. Confira abaixo ponto a ponto da pesquisa: Lula e o governo A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva piorou no início de seu segundo mandato, mas ainda se encontra em nível elevado. O novo levantamento saiu dois dias depois de pesquisa CNT/Sensus, segundo a qual, houve crescimento da aprovação ao governo e à figura de Lula. Segundo o Ibope, a avaliação ótima ou boa do governo caiu para 49% neste mês, ante 57% em dezembro, enquanto a ruim ou péssima subiu para 16%, ante 13%. A avaliação regular também aumentou - para 33% ante 28%. O número dos que confiam no presidente caiu para 62%, ante 68%, enquanto os que não confiam aumentaram para 34%, em relação aos 28% de dezembro. A nota média - considerada as respostas de zero a dez - passou para 6,7%, número muito parecido com os 6,8% de março de 2003, início do primeiro mandato. Em dezembro, a nota foi 7,0, nível mais alto alcançado por Lula. Notícias do governo A pesquisa mostra que 23% dos entrevistados tiveram uma percepção mais favorável do noticiário sobre o governo Lula. Em setembro de 2006, o índice era de 31% Consideraram noticiário neutro, 40%, ante 27% no levantamento anterior. Tiveram percepção de um noticiário desfavorável ao governo 20% contra 25%, em setembro. Entre as principais notícias apontadas pelos entrevistados sobre o governo Lula, a crise aérea ficou em primeiro lugar, com 20%. O encontro com o presidente dos Estados Unidos, George W.Bush, apareceu em segundo lugar (12%), seguido da reforma ministerial (7%), do reajuste do salário mínimo (3%) e da crise da segurança pública (3%). O anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o andamento das medidas do programa no Congresso foram citados por apenas 2%, mesmo porcentual de pessoas que disseram que a principal notícia foi o presidente Lula jogando futebol no Maracanã. Inflação A aprovação do governo no combate à inflação caiu de 51% em setembro para 45% em abril. A desaprovação, por sua vez, subiu de 42% para 46%. Também piorou a avaliação do governo sobre a taxa de juros: 31% dos entrevistados disseram que aprovam a atuação do governo nesta área, ante 33% em setembro. Disseram desaprovar o governo em relação a taxa de juros 57% dos entrevistados ante 59% em setembro. Desemprego, impostos e meio ambiente Em relação ao combate ao desemprego, 40% disseram aprovar as medidas do governo ante 39% em setembro. A desaprovação oscilou de 56% para 55% na mesma comparação. Em relação aos impostos, 26% disseram aprovar a ação do governo nessa área, enquanto que em setembro 23%. Os dados mostram 65% dos entrevistados, contra 68% anteriormente, desaprovaram o governo em relação aos impostos. A pesquisa também apurou a opinião sobre as políticas na área de meio ambiente. Essas políticas foram aprovadas por 42% dos entrevistados e desaprovadas por 50%. Esse foi um novo item da pesquisa e, portanto, não há comparativo. Segurança e programas sociais Houve uma melhora na avaliação do governo na área de segurança pública: 32% aprovam as ações nessa área ante 27% em setembro. A desaprovação na segurança pública caiu de 68% para 63%, na mesma comparação. A aprovação ao governo do presidente Lula no combate à fome e à pobreza caiu de 67% em setembro para 53% neste mês. A desaprovação subiu de 30% para 42%. Também houve queda na aprovação aos programas sociais nas áreas de saúde e educação, que passou de 58% em setembro para 52% em abril. A desaprovação aumentou de 37% para 44%. Indicadores econômicos Para 41% dos entrevistados, a inflação vai aumentar nos próximos seis meses, mesmo porcentual apurado em dezembro. Entretanto, caiu de 19% para 17% o porcentual dos que acreditam que a inflação vai diminuir. Para 35% dos entrevistados, a inflação não vai mudar ante 33% em dezembro. Em relação ao desemprego, 46% disseram que vai aumentar ante 42% em dezembro. Para 26% dos entrevistados, o desemprego vai diminuir, ante 31% em dezembro. Acreditam que o desemprego não vai mudar 24% dos entrevistados, ante 23% no levantamento anterior. Em relação à renda geral, 30% disseram que vai aumentar nos próximos seis meses ante 38% em dezembro de 2006. A parcela dos que acreditam que a renda geral vai diminuir avançou de 17% para 24%. Para 40% dos entrevistados, a renda geral não terá alteração ante 38% em dezembro. Sobre a renda pessoal, 37% acreditam que ela vai aumentar ante 43% em dezembro. Para 16%, a renda pessoal vai diminuir ante 10% em dezembro. Disseram que a renda pessoal não vai mudar 42%, uma pequena oscilação ante dezembro (41%). (Colaborou Fabio Graner)

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