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Confira a cronologia do caso e as acusações contra Paulinho

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Por Redação
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O Conselho de Ética da Câmara decidiu absolver, por 10 votos a 4, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, nesta quarta-feira, 3. O deputado foi parar no conselho após acusações de que ele estaria envolvido no esquema de desvios do BNDES, descoberto na Operação Santa Tereza. Mas ainda há dois inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal contra Paulinho, um sobre o BNDES e outro sobre suposto desvio de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) via Força Sindical.    Relembre os principais pontos do caso:   27 de abril de 2008- PF cita Paulinho da Força em desvios no BNDES   O nome do parlamentar é citado freqüentemente em relatório secreto da PF, peça de 38 páginas que embasou decreto judicial de prisão de 11 suspeitos, entre eles João Pedro de Moura, que os federais classificam de "um dos principais assessores da Força Sindical, responsável pela ligação da organização criminosa com o banco".    Especial: Entenda a Operação Santa Tereza    08 de maio de 2008-  Lobista fez doação a ONG da mulher de Paulinho   A Polícia Federal apreendeu na residência do lobista João Pedro de Moura,  amigo e ex-assessor do deputado, comprovante de depósito bancário de R$ 37,5 mil em favor da ONG Meu Guri, presidida por Elza de Fátima Costa Pereira, mulher do parlamentar. Moura é suspeito de ligação com desvio de verbas do BNDES.   09 de maio de 2008- BNDES deu R$ 1,2 mi a ONG ligada à Força   A ONG Meu Guri recebeu do BNDES R$ 1,199 milhão como doação, em 2002 e 2003, quando o lobista João Pedro de Moura integrava o Conselho de Administração do banco.   23 de maio de 2008- Grampos da PF ligam Paulinho a esquema de fraudes no BNDES   Investigados na operação citam Paulinho em grampos da Polícia Federal como "custo político" para liberação de verba do banco para a prefeitura de Praia Grande (SP).   28 de maio de 2008- PSOL entra com pedido para cassar mandato de Paulinho   O PSOL apresentou ao Conselho de Ética da Câmara um pedido de cassação do mandato do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical.   No mesmo dia, o Procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, pediu ao STF que fosse aberto inquérito para apurar irregularidades de Paulinho.   3 de junho de 2008- Conselho de Ética abre processo de cassação contra Paulinho   O Conselho de Ética da Câmara instala processo de cassação contra Paulinho. As duas representações contra o deputado - uma do corregedor-geral da Câmara, deputado Inocêncio de Oliveira (PR-PE), e outra do PSOL - foram agrupadas.   6 de junho de 2008- Mulher de Paulinho da Força depõe à PF   Elza explicou aos federais o depósito de R$ 37.500,00 na ONG Meu Guri, a qual preside, realizado pelo lobista e ex-assessor de Paulinho, João Pedro de Moura, réu da operação Santa Tereza. Ela declarou estar "colaborando com a polícia". "Tive a oportunidade hoje, aqui, de esclarecer toda essa armação contra o nosso deputado Paulo Pereira da Silva", disse.   No mesmo dia, o ministro do STF Carlos Ayres Britto abriu o inquérito para investigar os indícios de que o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, envolveu-se no esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), descoberto pela Polícia Federal na Operação Santa Tereza.   11 de junho de 2008- Paulinho deixa o PDT   Paulinho também afastou-se da executiva nacional do partido. O afastamento de Paulinho desses dois cargos é temporário, enquanto estiverem em curso as investigações envolvendo seu nome sobre supostas irregularidades na liberação de empréstimos do BNDES.   29 de julho de 2008- BNDES conclui que não houve irregularidades no caso Paulinho   Banco informou que a auditoria instituída para avaliar os procedimentos realizados pelo banco na concessão de financiamentos ao município de Praia Grande e às Lojas Marisa - no âmbito da Operação Santa Tereza, da Polícia Federal  - "concluiu não haver qualquer indício de irregularidade no processamento das operações em questão".   12 de agosto- Paulinho diz sofrer perseguição política no caso BNDES   Ao depor à PF, Paulinho disse que sofre perseguição política   14 de agosto de 2008- Delegado acusa Paulinho de receber propina   Delegado Rodrigo Levin disse aos membros do Conselho de Ética da Câmara estar convencido de que o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, recebeu propina e lavou dinheiro de origem ilegal.   28 de novembro- STF autoriza inquérito para investigar Paulinho da Força   Ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um segundo inquérito para investigar o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, na Corte.   O objetivo do inquérito é apurar se ocorreram irregularidades na contratação da Fundação João Donini para ministrar cursos profissionalizantes para desempregados e pessoas de baixa renda utilizando recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) destinados à Força Sindical.   3 de dezembro de 2008- Conselho de Ética absolve Paulinho da Força por 10 votos a 4   O Conselho rejeitou o parecer do relator, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que pedia a cassação do parlamentar.

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