29 de janeiro de 2013 | 20h06
O debate desta quarta, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), é patrocinado pela Central Única dos Trabalhadores no Rio de Janeiro (CUT-RJ). Nesta quinta (31), Dirceu seguirá para Belo Horizonte, onde deve participar de ato organizado pelo diretório petista mineiro. O périplo terá continuidade depois do carnaval com palestras do ex-ministro em cidades das regiões Norte e Centro-Oeste.
Para o secretário de Administração e Finanças da CUT-RJ, José Garcia Lima, organizador do debate, houve "uma série de erros jurídicos no julgamento, a começar pela ignorância de provas". "Há documentos nos autos que mostram que não houve desvio de dinheiro do Banco do Brasil, nem lista elaborada por Delúbio Soares com participação de José Dirceu. Vamos levantar a tese da anulação do julgamento porque há um acúmulo de provas contrárias à tese que levou às condenações", afirmou ele. "Não dá para engolir o fato de que há irregularidades no julgamento. O relator Joaquim Barbosa ou não viu as provas por descuido ou as ignorou intencionalmente", acrescentou o sindicalista.
Segundo Lima, não haverá ato público de desagravo a Dirceu. "José Dirceu não pediu nada à CUT, fui eu que organizei. Não haverá nenhum movimento de massa, estamos convidando principalmente advogados para debater essa questão", afirmou o dirigente. O convite circulou por redes sociais. O ex-parlamentar petista Vladimir Palmeira foi um dos convidados. "Tenho a posição de que o Dirceu é inocente, essa posição é sabida", disse Palmeira. Ele no entanto não deverá participar do debate de quarta-feira. "Tenho outros compromissos pessoais."
Foram convidados para dividir a mesa com Dirceu na ABI os jornalistas Raimundo Pereira, Altamiro Borges e Hildegard Angel, os advogados Modesto da Silveira e Adriano Pilatti e a sindicalista e integrante da executiva do PT no Rio Fernanda Carísio.
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