Comissão pedirá quebra de sigilo de presos na Operação Sanguessuga

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Por Agencia Estado
Atualização:

O deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL) disse, nesta quarta-feira, que integrantes da comissão de sindicância da Corregedoria Geral da Câmara encarregada de investigar denúncias na fraude das ambulâncias afirmaram que a comissão pedirá a quebra dos sigilos bancários das empresas e das pessoas presas sob acusação de integrar o esquema nos casos em que depósitos bancários em favor de parlamentares foram registrados em livro-caixa. O objetivo do pedido é o de confirmar se houve realmente os repasses. Carimbão, que falou com jornalistas ao sair da Polícia Federal, onde acompanha os depoimentos dos presos acusados de envolvimento no esquema, afirmou que a lista em poder da Câmara, da qual constam os nomes de 16 parlamentares sob suspeita, pode crescer, mas os trabalhos da comissão devem ser rápidos. "Os documentos (em poder da comissão) são muito mais explícitos do que, por exemplo, no caso da CPI do Mensalão." Na avaliação do deputado, a existência de depósitos feitos pela quadrilha na conta de deputados "é quebra de decoro" parlamentar. A quebra de decoro é motivo para cassação de mandato de parlamentares. Carimbão disse, porém, que sua tendência é a de "desacreditar" na versão de que haveria 283 nomes de parlamentares envolvidos no esquema. Para o deputado, a funcionária do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, que afirmou existir "um terço do Congresso" envolvido no esquema, tem interesse em mostrar serviço às autoridades para conseguir redução de sua futura pena: "Ela pediu a redução ao procurador, não conseguiu; pediu ao Supremo (Tribunal Federal), e não conseguiu. Tem que ver."

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