A comissão designada pelo PT ouviu o deputado André Vargas (PT-PR) na sexta-feira, 11, e fez na tarde desta segunda, 14, um relato verbal ao presidente do partido, Rui Falcão, sobre a conversa. Falcão afirmou, em entrevista coletiva, que pediu aos três integrantes da comissão que fizessem um relatório escrito, que deverá ser entregue nesta terça, 15. Ele não revelou o teor da conversa, mas declarou que não havia nada de novo nas explicações de Vargas pelo relato dado pela comissão.
Falcão convocará uma reunião extraordinária da Executiva do PT para a próxima semana. A Executiva deve enviar o caso à comissão de ética do partido. Vargas usou o jato particular do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Mensagens interceptadas na investigação mostram que o deputado teria atuado em órgãos do governo em favor de um laboratório farmacêutico ligado a Youssef. Em uma das mensagens, o doleiro diz trabalhar pela "independência financeira" de ambos.
Alberto Cantalice, um dos três integrantes da comissão, afirmou que as explicações de Vargas foram convincentes, mas ponderou que as denúncias expõem o PT. "O partido vai ter que analisar isso friamente porque isso expõe o partido de alguma forma. Tem que analisar calmamente."