Comissão de ética da presidência avisa que falta esclarecimento da Petrobrás

Américo Lacombe diz que vai reoficiar pedido para ver se consegue as informações relativas a Nestor Cerveró, ex-diretor da estatal

Por Rafael Moraes Moura
Atualização:
"Ele (Cerveró) já havia apresentado as informações e nós pedimos outras, complementares à Petrobrás", disse Lacombe Foto: Ed Ferreira/Estadão

O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Américo Lacombe, informou há pouco que a Petrobrás ainda não prestou os esclarecimentos solicitados pelo grupo. A comissão apura a conduta do ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró na época da elaboração do relatório que levou a empresa a adquirir a refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006.

"Ele (Cerveró) já havia apresentado as informações e nós pedimos outras, complementares à Petrobrás. A Petrobrás não mandou, então estamos reoficiando a Petrobrás para ver se consegue mandar as informações que queremos", disse Lacombe, após participar da reunião da comissão. O ofício será novamente endereçado à presidente da estatal, Graça Foster. Questionado sobre que informações estão sendo solicitadas pelos conselheiros, Lacombe respondeu: "São várias. Todas que você imaginar. Tudo, as denúncias que estão havendo, queremos informações de tudo." A Comissão de Ética abriu o processo para apurar a conduta de Cerveró após a presidente Dilma Rousseff informar, em nota encaminhada ao jornal O Estado de S.Paulo, que foi favorável à compra com base num parecer "técnica e juridicamente falho". Em 18 de agosto, a comissão pediu explicações a Cerveró "sobre a existência de eventual sonegação de dados relevantes ao Conselho de Administração" da empresa, relacionados à aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), o negócio causou prejuízo de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobrás. 

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