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Comissão da reforma política tem tumulto e gritaria

Oposição protestou contra rejeição da votação nominal no colegiado para a exclusão do sistema distrital misto do texto

Por Isadora Peron e Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - A votação dos destaques ao texto da reforma política gerou confusão e tumulto nesta quinta-feira, 10, no plenário da comissão que debate o assunto na Câmara.

Deputados da oposição se exaltaram ao cobrar que a votação sobre a exclusão do sistema distrital misto do texto fosse votado de maneira nominal, mas o presidente da comissão, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), aferiu os votos e rejeitou a proposta de maneira simbólica.

Deputados Danilo Fortes e Ivan Valente batem boca durantereunião daComissão Especial da Reforma Política na Câmara Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO

+ Veja o que foi aprovado até agora

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Os parlamentares reagiram e afirmaram que o presidente havia firmado um acordo de procedimento garantindo que todas as votações importantes seriam com o voto individual de cada deputado e não apenas com a manifestação da maioria em plenário.

“Isso é golpe”, bradou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

“Não adianta gritaria no pé do meu ouvido. Eu sou uma pessoa muito calma”, disse Lúcio Vieira Lima.

O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), criticou a reação da oposição. “A esquerda acha que está tudo bem no Brasil. Que não precisa mudar nada. Isso é desonestidade intelectual”, disse.

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O destaque que gerou tumulto foi apresentado pelo PCdoB. Se fosse aprovado, a partir de 2022, voltaria a valer o sistema atual, chamado de proporcional. Pelo texto atual, em 2022, o sistema será o distrital misto. O distritão, em ambos os casos, valeria somente para as eleições de 2018 e 2020.

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