BRASÍLIA - A votação dos destaques ao texto da reforma política gerou confusão e tumulto nesta quinta-feira, 10, no plenário da comissão que debate o assunto na Câmara.
Deputados da oposição se exaltaram ao cobrar que a votação sobre a exclusão do sistema distrital misto do texto fosse votado de maneira nominal, mas o presidente da comissão, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), aferiu os votos e rejeitou a proposta de maneira simbólica.
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Os parlamentares reagiram e afirmaram que o presidente havia firmado um acordo de procedimento garantindo que todas as votações importantes seriam com o voto individual de cada deputado e não apenas com a manifestação da maioria em plenário.
“Isso é golpe”, bradou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
“Não adianta gritaria no pé do meu ouvido. Eu sou uma pessoa muito calma”, disse Lúcio Vieira Lima.
O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), criticou a reação da oposição. “A esquerda acha que está tudo bem no Brasil. Que não precisa mudar nada. Isso é desonestidade intelectual”, disse.
O destaque que gerou tumulto foi apresentado pelo PCdoB. Se fosse aprovado, a partir de 2022, voltaria a valer o sistema atual, chamado de proporcional. Pelo texto atual, em 2022, o sistema será o distrital misto. O distritão, em ambos os casos, valeria somente para as eleições de 2018 e 2020.