30 de março de 2010 | 12h24
Começou há pouco o depoimento do tesoureiro do PT e ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), João Vaccari Neto, no Senado. Ele é acusado pelo Ministério Público de São Paulo de desviar recursos da cooperativa para campanhas do PT, inclusive as do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo enviou o presidente do PT, José Eduardo Dutra, para acompanhar o encontro. Outros petistas, entre eles Francisco Campos, integrante do Diretório Nacional do PT e da campanha da ministra Dilma Rousseff, acompanham o depoimento de Vaccari em sessão conjunta das comissões de Fiscalização e Controle e de Direitos Humanos.
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Na abertura da sessão, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), acusou o governo de montar estratégia para agendar o depoimento de Vaccari na Semana Santa e, portanto, com o senado esvaziado. "Está clara a estratégia de demonstrar a desnecessidade de eventual ida do Vaccari ao fórum mais apropriado, que é a CPI das ONGs. Vindo aqui o dever dele está cumprido e o governo acionaria sua tropa de choque para rasgar regimento", disse Virgílio. Vaccari também foi convocado a depor na CPI das ONGs, mas o governo tenta derrubar a vinda dele à comissão parlamentar de inquérito.
Além de Vaccari Neto, também vai falar nesta terça-feira, 30, o advogado da Bancoop, Pedro Dallari. O promotor do Ministério Público Paulista José Carlos Blat, que investiga os desvios na Bancoop, não veio. Ele encaminhou ofício justificando sua ausência em virtude de exame médico em São Paulo e de diligências do caso. O doleiro Lucas Funaro, também convidado a comparecer hoje, não veio e nem encaminhou justificativa à Comissão de Fiscalização e Controle, segundo o presidente do colegiado, senador Renato Casagrande (PSB-ES).
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