Começa julgamento de Tato, envolvido na morte de irmã Dorothy

Do lado de fora, mais de 200 trabalhadores rurais acampados com faixas e cartazes pedem a condenação do acusado

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Por Agencia Estado
Atualização:

Com o salão do Tribunal do Júri lotado de convidados, jornalistas, defensores de direitos humanos e líderes de trabalhadores no campo, começou o julgamento de Amair Feijoli da Cunha, o Tato, acusado de intermediar a morte da missionária Dorothy Stang, no dia 12 de fevereiro do ano passado. Os três irmãos da freira, que vieram dos Estados Unidos, se encontram no plenário do tribunal. Da família de Amair, está presente a esposa, Elizabeth Coutinho da Cunha, que havia sido arrolada como testemunha de defesa, mas foi dispensada pela advogada do acusado logo que o juiz Cláudio Montalvão das Neves abriu a sessão. Para esta quarta está previsto o depoimento das testemunhas de acusação e dos delegados Uallame Fialho, da Polícia Federal, e Waldir Freire, da Polícia Civil, responsáveis pelos dois inquéritos sobre a morte de Stang. Por volta de 11h30 começou a ser exibido o vídeo com o depoimento de Tato na polícia em que ele confessa ter agido como intermediário do crime. Do lado de fora do Tribunal há um forte esquema de segurança; na praça em frente, mais de 200 trabalhadores rurais acampados com faixas e cartazes pedindo a condenação do acusado. O caso A Irmã Dorothy Stang foi assassinada com sete tiros, aos 73 anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005, em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros do município de Anapu, Pará, onde está enterrada. Irmã Dorothy Stang lutava pela implantação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável, parceria de instituições como o Incra para a distribuição de terras.

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