Começa fase final do julgamento do caso Ceci Cunha

Defesa e acusação terão três horas cada para convencer jurados; acusados negam assassinato da deputada e familiares em 1988

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

MACEIÓ - Treze anos depois do crime, deve terminar nesta quarta-feira, 18, o julgamento do assassinato da deputada alagoana Ceci Cunha e de três de seus familiares, em 16 de dezembro de 1998. O crime ficou conhecido como Chacina da Gruta. O julgamento começou na segunda-feira, 16, e é transmitido ao vivo pela internet.

 

PUBLICIDADE

Nesta quarta, a acusação e a defesa dos suspeitos pelo crime terão três horas, cada, para tentar convencer os sete jurados. Depois, haverá debate entre as partes, com duas horas para cada lado, e a reunião dos jurados para anunciar a decisão. A expectativa é de que a sentença seja conhecida entre o fim da noite desta quarta e o início da madrugada de quinta-feira, 19.

 

Nos dois primeiros dias de julgamento foram ouvidas testemunhas e os suspeitos de envolvimento no crime, o ex-deputado federal Talvane Albuquerque Neto, apontado pelo Ministério Público Federal como mandante, Alécio César Alves Vasco, Jadielson Barbosa da Silva, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros da Silva. Talvane negou o crime e envolveu no episódio o nome do ex-governador de Alagoas, Manoel Gomes de Barros (PSDB). O depoimento, o mais aguardado na fase de interrogatórios dos réus, durou mais de 4 horas e 20 minutos.

 

Para o Ministério Público, o ex-deputado era o principal suspeito por ter herdado o mandato de Ceci Cunha. A deputada foi morta no dia de sua diplomação no cargo. Talvane negou ter razões para matar a parlamentar e afirmou que ela teria divergência com outros políticos, entre eles o ex-governador. "Vamos demonstrar que tudo foi uma armação para incriminar o deputado", disse o advogado do deputado nessa terça-feira, 17.

 

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.