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Começa depoimento de Lina Vieira na CCJ do Senado

Lula desafiou a ex-secretária da Receita Federal a mostrar sua agenda e provar encontro com Dilma Rousseff

Por Rodrigo Alvares
Atualização:

Começou por volta das 9h30 a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na qual estava marcada a presença da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira. Ela foi convidada a prestar esclarecimentos sobre sua afirmação de que, antes de deixar o comando da Receita, foi chamada ao gabinete da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e esta lhe teria dito para acelerar as investigações sobre Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB). A ministra nega que esse encontro tenha ocorrido. A ex-secretária acaba de começar seu depoimento. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que Lina mostrasse a agenda onde está registrada a reunião com a ministra, mas a ex-secretária disse não tê-la à mão e também não recorda o dia do encontro.

 

 

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14h02 - Começa a sessão plenária no Senado. A maioia dos senadores já deixou a audiência com a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira.

 

13h58 - Enquanto o senador Roberto Cavalcanti faz sua pergunta, os parlamentares começam a deixar a sessão. Arthur Virgílio (PSDB-AM) fala algo no pé do ouvido da ex-secretária e Wellington Salgado (PMDB-MG) tapa a boca para falar ao telefone celular.

 

13h54 - Lina responde que foi com o carro oficial da Receita, cujos motoristas são terceirizados, passou pelo detector de metais e encontrou Erenice Guerra em uma sala pouco iluminada.

 

13h49 - Agripino pede que Lina diga a marca do carro que a levou até o palácio, o nome do motorista, se ela assinou algum livro de registro e a decoração da sala onde teria ocorrido a reunião, entre outros detalhes.

 

13h42 - José Agripino Maia (DEM-RN) ressalta que a iniciativa da entrevista de Lina ao jornal Folha de S.Paulo foi do próprio jornal, e não po motivs políticos. Se o que vossa senhoria disse tivesse agradado o Planalto com cor de laranja, não teria a conotação política que o governo dá a suas declarações agora, comentou. "Quiseram lhe usar (no Planalto) para conseguir dividendos políticos com a Receita Federal".

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13h32 - O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pergunta sobre a data do encontro e Lina responde novamente que ele teria ocorrido no fim do ano passado. Ele pergunta quais foram as amenidades que a ex-secretária teria conversado com Dilma. Supicy perguntou qual dos filhos de José Sarney a ministra teria perguntado. "Não me interessava sobre qual dos filhos ela estava falando", respondeu.

 

13h27 - "A senhora percebeu alguma ilegalidade no pedido da ministra?", questionou Lobão Filho (DEM-MA). "Não vou fazer juízo de valor, disse Lina. Jereissati diz ao presidente da CCJ, Demóstenes Torres, que os senadores da oposição estão passando por uma censura parecida com a que O Estado de S.Paulo tem sofrido nas últimas semanas. Mercadante responde ao tucano dizendo que o governador José Serra (PSDB-SP), assim como no caso de Dilma, errou no conteúdo de seu currículo. "Não estamos aqui para discutir essa obssessão do senador mercadante sobre o governador Serra. "Não é uma questão freudiana porque tenho tenho certeza de que o senador Jereissati não morre de paixões pela ministra Dilma.

 

13h18 - "Se  Receita Federal estivesse sendo usada para proteger alguém, a República está enterrada e o terror passaser vigente no serviço público", dz Jereissati. "É atribuição da Casa Civil fazer qualquer acusação contra a secretária?", pergunta o senador. Nesse caso (da reunião), eu entendi a ingerência do ministério", respondeu Lina.

 

13h12 - Tasso jereissati (PSDB-CE) pergunta a Lina se ela falou ou não com Guido Mantega sobre o encontro com Dilma. A ex-secretária negou, e o senador pediu desculpas pelo comportamento da base aliada nas perguntas feitas para ela.

 

13h03 - "Dilma foi cirúrgica no seu pedido: de que era para agilizar o processo sobre o filho de José Sarney", afirma Lina. "Ou a senhora prevaricou ou não está falando a verdade", diz Mercadante, porque ela não comunicou ninguém sobre o encontro. O senador comete um ato falho e chama a ex-secretária de "Dona Dilma".

 

12h57 - Mercadante pergunta sobre como Lina foi convidada para outras reuniões que ela teve com Dilma e outros membros do governo. "Eu fui acompanhada do ministro", responde a ex-secretária da Receita Federal.

 

12h53 - "Esse momento é muito importante para o Senado Federal. Para ele, ficou caracterizado que tudo não passou de boatos. "Anteriormente a esse encontro com a ministra, ela recebeu uma determinação da Justiça para acelerar o processo de Fernando Sarney. Então, é redundante que tivesse qualquer problema da ministra Dilma chamá-la para uma reunião", disse.  "Senão havia problema, por que nega ese encontro?", questionou Lina. Mercadante diz que constam vários encontros da ex-secretária com Dilma. Lina diz que foram três.

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12h49 - O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) diz que aministra Dilma Rousseff tem "duas ou três inverdades no seu currículo" e chamou-a de "agressiva"."Acredito que o PT vai trocar de candidato à presidência", afirmou.

 

12h41 - "A senhora foi (ao Palácio do Planalto) de carro oficial, não? Então, deve ter registro disso em algum lugar", afirma Ideli.

 

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12h34 - A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) desdenha da entrevista que Lina concedeu e diz que já é tradição no Senado as coisas tomarem dimensões circenses. "Uma declaração como a senhora fez causa muito estardalhaço. Para que eu possa fazer parte desse jogo político-partidário, eu preciso fazer algumas perguntas", diz Ideli, que começa a ler em voz alta declarações da ex-secretária na entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Ou a senhora mentiu para a Folha, ou a senhora mentiu aqui. A senora disse que nao houve pressão". Renan Calheiros intervém e diz que Lina refez as declarações feitas ao jornal.

 

12h26 - Romero Jucá diz que a investigação trabalha "para a Justiça". "Não há ingerência. Nem a Receita Federal poderia mudar o rumo das investigações". Questionada se a ministra Dilma pediu para agilizar algum processo específico, Lina responde a Jucá que "era sobre o processo de Fernando Sarney". "Acho que o que houve foi um grande mal entendido. Para mim, esse assunto morre hoje", diz Jucá.

 

12h24- Questionada sobre as mudanças tributárias na Petrobrás, a ex-secretária diz que o CAE não é o lugar para falar sobre o assunto, que tramita em uma CPI própria.

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12h21 - "Quem ter de responer sobre a minha emissão é o ministro Mantega", diz Lina.

 

12h17 - "Eu procurei saber dos assuntos e da miudez do que estava sendo investigado. No que diz espeito a essa investigação específica, ela foi iniciada em 2007. Achei o pedido da ministra incabível. No Planalto deve ter filmagem minha entrando. Eu não sou um fantasma". O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) questiona se houve alguma cobrança do ministro da fazenda, Guido Mantega, sobre a investigação. Lina responde que nunca falou sobre o assunto com ele e diz que está dispost a prestar outro depoimento na CPI da Petrobras. 

 

12h11 - O senador insiste em saber quantos processos correm contra Fernando Sarney. A ex-secretária diz que não sabe dizer quantos foram, ao que Almeida Lima responde que são dois. "São muitos processos que existem contra esse contribuinte por conta desses dois",  diz Lina.

 

12h07 - "Não tomei nenhuma providência sobre o pedido da ministra", responde Lina a Almeida Lima. "Ela pediu que agilizasse a investigação obre Sarney. Só isso.

 

12h04 - "A senhora hegou a interpretar como uma interpretação ilegal o pedido da ministra? Sabe o que é prevaricação no serviço público?", questiona o senador Almeida Lima. A ex-secretária negou que tenha incorrido em qualquer ilegalidade: "Eu achei que foi um pedido incabível?". "São muitos processos contra Fernando Sarney", afirma Lina. Ela também falou que aceita passar por uma acareação com a ministra Dilma Rousseff.

 

12h01 - "Estou aqui com a minha palava e estou contra a palavra da ministra", responde Lina ao senador Wellington Salgado, que põe a ex-secretária em dúvida porque não trouxe nenhum documento sobre a audiência com Dilma.

 

11h57 - Questionada se a medida pedida por Dilma tinha como objetivo agilizar o processo, a ex-secretária disse que "isso quem deve responder é a ministra Dilma". Senadores reclamam que uns estão passando à frente dos outros na odem das perguntas.

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11h46 - Sobre o encontro com a ministra-chefe da Casa Civi, Dilma Rousseff: "Eu fui para esse encontro sem saber o que seria tratado". Lina contou que entrou pela garagem no Palácio do Planalto e que haviam mais cinco pessoas na sala. "Erenice (Guerra) me levou à sala dela e Dilma me pediu que ailizasse a investigação sobre o filho de José Sarney". A respeito da agenda, Lina foi categórica: "Não preciso de agenda para falar a verdade".

 

11h32 - Sobre o foco na arrecadação, a ex-secretária citou as fiscalições em São Paulo. "Fiscalizamos menos pessoas físicas, o que significou menos R$ 300 milhões em 2008, disse. 

 

11h19 - Lina Vieira dá bom dia aos senadores e inicia sua declaração, que deve durar 20 minutos. Ela leu seu currículo aos parlamentares e comentou sobre sua passagem pelos governos de Garibaldi Alves (PMDB-RN) e de Wilma Faria (PSB-RN).

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