'Combate à corrupção nunca foi tão firme e severo', afirma Dilma

Presidente comentou as investigações da Operação Lava Jato e disse que não há ninguém no governo interferindo; ' não tenho e nunca tive tolerância com corruptos e corruptores'

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Por Renata Veríssimo e Ricardo Della Coletta
Atualização:

Brasília - A presidente Dilma Rousseff comentou nesta tarde, ao discursar na Conferência Nacional de Educação (Conae), as investigações da Operação Lava Jato, envolvendo desvios de recursos da Petrobrás. "Falamos a verdade quando destacamos que o combate à corrupção nunca foi tão firme e severo como no meu governo", disse. Segundo ela, esse momento é inédito porque a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e instituições do Estado brasileiro estão investigando corruptos e corruptores e não há qualquer pessoa do governo para obstruir a investigação. "Não tenho e nunca tive tolerância com corruptos e corruptores", disse. Segundo a presidente, o Brasil sairá mais forte ainda desse processo.

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Ao lembrar que recebeu um novo mandato do povo brasileiro, Dilma pediu aos conferencistas que deem sugestões e participem para construir um Brasil mais desenvolvido. "Vou continuar coerente com o que penso para o Brasil e para os brasileiros nos últimos 12 anos. O voto que recebi é pela inclusão social, pelo emprego, pela estabilidade política e econômica, mais investimento em infraestrutura e modernização do País e, sobretudo, votos para mais investimento em educação", detalhou.

Deflagrada em março deste ano, a Lava Jato desbaratou um esquema de lavagem de cerca de R$ 10 bilhões envolvendo licitações públicas e, sobretudo, desvio de dinheiro e pagamento de propinas a partidos políticos em obras da Petrobrás, a maior estatal brasileira. Na última sexta-feira, na sétima etapa da operação, foram presos 24 pessoas incluindo, pela primeira vez na história do Brasil, executivos e presidentes das principais empreiteiras do País e o ex-diretor da Petrobrás, Renato Duque.

As investigações até agora indicam que, dentre os partidos beneficiados pelo esquema de desvios na estatal petrolífera estão o PP, PMDB, PT, PSDB e PSB.

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