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Combate à corrupção é tema de debate no ‘Estado’

Marcado para 1º de abril, evento terá participação do ministro Sérgio Moro, de Luís Roberto Barroso, do STF, e Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato

Por Matheus Lara
Atualização:

Os desafios do combate à corrupção estarão no centro de um debate sobre as duas maiores operações da história – a Mãos Limpas, da Itália, e a Lava Jato, do Brasil. O evento, marcado para o dia 1.º de abril, é uma parceria do Estado com o Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP) e ocorrerá na sede do jornal a partir das 9h.

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O evento terá palestras do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso; do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Também falará sobre o tema a economista e estudiosa da teoria da corrupção Maria Cristina Pinotti, que lançará no dia o livro Corrupção: Lava Jato e Mãos Limpas (Portfólio-Penguim e CDPP, 2019).

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, será um dos participantes do debate Foto: Dida Sampaio/Estadão

Após as palestras, haverá um debate entre os participantes mediado pela jornalista Vera Magalhães, editora do site BR18 e colunista do Estado.

Para Maria Cristina, o momento é ideal para o debate de erros e acertos da experiência italiana dos anos 90, em comparação com o andamento das investigações da Lava Jato. “É o momento de discutir a corrupção de uma maneira desapaixonada, com fatos e de forma objetiva. A corrupção é um crime absolutamente racional e que precisa ser punido”, disse. “É importante discutir o motivo de termos chegado até aqui, o que foi alterado no País, que instituições foram afrouxadas e o que fazemos daqui para frente.”

A pesquisadora afirmou que a corrupção precisa ser discutida “a sério” no País, e não ser tratada como tabu. “Luto contra a visão de que é inútil combater a corrupção ou tentar acabar com ela. Dizem que é assim mesmo, que acontece em todos os países. Mas vejo que é como uma doença, que pode ser mais grave ou menos grave, mas que pode ser tratada e melhorada.”

A cobertura do evento estará disponível no site do Estado e na edição impressa, no dia 2 de abril. 

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Análises

O livro Corrupção: Lava Jato e Mãos Limpas, organizado por Maria Cristina, tem artigos de Barroso, Moro, Dallagnol e de dois magistrados responsáveis pela condução da operação Mani Pulite na Itália, Gherardo Colombo e Piercamillo Davigo. 

Na publicação, a organizadora afirma que é preciso tornar o risco para os corruptos maior para que a corrupção se torne menor no País. Em seu artigo intitulado Corrupção, instituições e estagnação econômica: Brasil e Itália, ela observa que o combate à corrupção não é só um imperativo ético, mas necessário para garantir o desenvolvimento do País e produzir uma sociedade mais justa. 

“O mau uso de recursos públicos significa que a população receberá um serviço de pior qualidade na comparação com a quantidade de dinheiro que ela paga de impostos”, disse a pesquisadora, em entrevista recente ao Estado.

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