Com Dilma, Lula antecipa jogo

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Por Redação
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Depois de dizer, em várias entrevistas no ano passado, que não era hora de antecipar o lançamento de nomes para a disputa de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, no início deste ano, exatamente o contrário do que pregara e empurrou para a fogueira eleitoral a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em visita a favelas do Rio, em março, o presidente chamou Dilma de "mãe do PAC", o Plano de Aceleração do Crescimento, e não parou mais de exibi-la como indiscutível pré-candidata. A mudança tem ao menos duas razões. O Estado apurou que Lula se incomoda com o fato de a oposição apregoar que o PT não tem candidato forte para sucedê-lo em 2010. Tucanos dizem que o PSDB sozinho tem dois nomes fortes e prontos para a disputa: os governadores de Minas, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra. Em entrevista ao Estado, em agosto de 2007, Lula descreveu o que acontece quando se lança um nome com muita antecedência: "Primeiro você queima internamente com os possíveis pré-candidatos. Depois, queima na base aliada com candidatos de outros partidos. E, finalmente, os adversários e a imprensa colocam uma flecha direcionada para ele 24 horas por dia." O nome de Dilma foi lançado, no entanto, porque Lula não concorda com a tese de pode eleger até "um poste".

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