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Com derrota, Renan prova a Lula que é aliado 'necessário'

Após derrubada de MP que criava secretaria de Longo Prazo, senador chega sorridente ao plenário

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Por Redação
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nega ser o "motim" da derrota da medida provisória que criava a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, na última quarta, mas conseguiu provar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que é um aliado necessário. Veja Também:  Especial: veja como foi a sessão que livrou Renan da cassação Cronologia do caso  Entenda os processos contra Renan  Fórum: dê a sua opinião sobre a decisão do Senado Principal beneficiado da rebelião, ele chegou ao plenário do Senado nesta tarde esbanjando sorrisos e gracejos aos jornalistas. Na noite passada, 13 senadores peemedebistas ajudaram a derrotar a MP, que criava mais de 600 novos cargos para diversos órgãos do Executivo. A reação foi motivada, sobretudo, por insatisfações na bancada em relação às críticas de setores do PT à permanência de Renan à frente da presidência do Congresso e por demandas não atendidas por cargos no segundo e terceiro escalões. Segundo avaliações internas do partido, o PMDB deu uma demonstração de força, mas não deixará de votar com o Palácio a favor da CPMF.  "Essa é uma questão fundamental que não tem volta", disse Jucá. Uma rebelião contra a CPMF implodiria a espinha dorsal da base de sustentação do governo, o que implicaria na devolução de cargos e ministérios ocupados pelo PMDB. "É preciso um pouco mais de cuidado do governo com o Senado. Eu noto um pouco de carência aqui", acrescentou Jucá. Derrota 'prevista' A derrota não foi surpresa para o governo. Horas antes da votação, o ministro Walfrido já sabia que a rebelião do PMDB era irreversível. Nem mesmo o líder Romero Jucá, reconhecido por sua habilidade nas articulações de plenário, evitou que a MP fosse à votação. Ninguém moveu um dedo para evitar o placar da véspera. "Se há uma sessão combinada foi a de ontem", disse o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) a Jucá, enquanto este conversava com alguns jornalistas no cafezinho do Senado. O líder do governo reagiu com um sorriso, negando a informação do colega.

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