Com anúncio de Alckmin, Kassab cobra bom senso de oposição

Prefeito ressalvou que se o PSDB entender que deverá ter Alckmin como candidato 'deve ter o meu respeito'

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Por Redação
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O lançamento da pré-candidatura do tucano Geraldo Alckmin à prefeitura de São Paulo não abalou a convicção do prefeito Gilberto Kassab (DEM) na defesa da aliança entre os dois partidos, acrescida do PMDB. Veja também:   'Não creio que vou disputar sem o PSDB', diz KassabPT veta aliança com PSDB em BH por causa de Aécio Chinaglia: apoio de PMDB a Kassab enfraquece AlckminPartido agora quer apressar lançamento de Marta Apoio de PMDB formaliza candidatura de Kassab à reeleição "Tenho certeza que ainda vai prevalecer o bom senso dos dirigentes dos partidos da aliança --PSDB, Democratas e agora ampliada pelo PMDB--, para que estejamos juntos ainda no primeiro turno", disse Kassab a jornalistas ao participar de evento nesta terça-feira. O prefeito ressalvou que se o PSDB entender que deverá ter Alckmin como candidato "deve ter o meu respeito". Mas seu esforço, diz, permanece na direção de manter a coligação. Vice de José Serra (PSDB), Kassab assumiu a prefeitura quando o tucano disputou o governo paulista em 2006. Na segunda-feira, Alckmin anunciou publicamente sua pré-candidatura em discurso a simpatizantes em um salão da região central de São Paulo. A Executiva municipal do PSDB decidiu que o nome oficial do partido para disputar as eleições municipais sai dia 5 de maio, segunda-feira. O presidente do diretório paulistano, José Henrique Reis Lobo, informou a data ao diretório estadual. Alckmin afirmou estar certo de que vai contar com o apoio de Serra, que nos bastidores articula a candidatura Kassab e é apontado como responsável pelo acordo Kassab-Quércia. A adesão confere a Kassab 7 minutos e meio de programa eleitoral gratuito. Kassab, que na semana passada ao lado do PMDB de Orestes Quércia havia defendido que seria "natural" ter seu nome na cabeça de chapa, não quis assumir a candidatura nesta terça-feira. Naquele momento, tanto o prefeito quanto Quércia sugeriram que Alckmin desistisse da corrida municipal e se lançasse candidato ao governo paulista em 2010. "No momento em que você defende uma aliança, o bom senso é deixar questões pessoais de lado. Bom senso é ratificar a aliança. O nome vem em segundo momento", afirmou. Mesmo com a candidatura anunciada, as conversas entre os dois lados continuam, de acordo com um tucano. Os dois candidatos já se encontraram três vezes e o presidente do diretório estadual tucano permanece em contato com os aliados. O vereador Carlos Apolinário, líder do DEM, questiona em nota desta tarde a lealdade de seu partido ao PSDB em vista da movimentação de Alckmin, o que "desmancha o sonho de nós democratas termos chapa única". Serra se recusou a fazer comentários sobre a eleição na entrevista que concedeu durante a feira agrícola Agrishow em Ribeirão Preto (SP). (Reportagem de Carmen Munari)