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Código de Ética do PT proíbe caixa 2

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Por Vera Rosa e BRASÍLIA
Atualização:

Depois do escândalo do mensalão, que atingiu em cheio o PT e o governo Lula, em 2005, a cúpula petista quer agora proibir o caixa 2 nas campanhas eleitorais. A proposta que prevê a criação de um Código de Ética, a ser apresentada hoje à Executiva Nacional, considera "infração de natureza grave" a arrecadação de recursos não contabilizados. Se o texto passar pelo crivo do Diretório, em fevereiro, o responsável pelo caixa 2 ficará sujeito a expulsão. "É terminantemente vedada a arrecadação de recursos de qualquer natureza sem a respectiva e obrigatória contabilização do arrecadado, sob pena de configuração de infração ética de natureza grave", diz a versão preliminar do Código de Ética, no capítulo que trata do financiamento partidário. Não é só: o texto afirma que o Diretório fixará normas para a aceitação de contribuição de pessoas físicas e jurídicas, "inclusive para o custeio de campanhas eleitorais". Escaldado por uma sucessão de crises - do mensalão aos aloprados -, o comando do PT trabalha agora para blindar a pré-candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. Na época do mensalão, porém, o próprio Lula admitiu o caixa 2 ao dizer que o PT adotara método "usado sistematicamente por todos os partidos". O código também institui uma espécie de "lei da mordaça", proibindo a luta interna entre petistas pela imprensa.

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