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Covereadora do PSOL diz que foi alvo de atentado a tiros e registra B.O.

Carolina Iara divide o mandato com outras quatro mulheres na Câmara de São Paulo

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Por Paula Reverbel
Atualização:

A covereadora do PSOL em São Paulo Carolina Iara de Oliveira registrou nesta quarta-feira, dia 27, um boletim de ocorrência após ter sofrido um atentado a tiros em sua casa. De acordo com o boletim, registrado na sede da Polícia Civil do Estado de São Paulo, o ataque ocorreu na madrugada de anteontem, por volta das 2h10 da manhã. 

Carolina Iara de Oliveira éco-vereadora do PSOL em São Paulo Foto: Divulgação/Bancada feminista do PSOL na Câmara

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Em seu relato à polícia, Carolina Iara afirmou que ela e sua mãe ouviram os tiros e permaneceram dentro de casa. Pela manhã, segundo Iara, elas encontraram marcas deixadas por balas – uma no muro no quintal da residência e outra na parede.

Imagens de câmeras de segurança da vizinhança, as quais o Estadão teve acesso, mostram um veículo branco estacionado em frente a residência de Carolina Iara. “Um desconhecido desce rapidamente do veículo e depois retorna rapidamente”, diz o B.O. Pelo vídeo, não é possível ver claramente a placa do carro. “A vítima afirma desconhecer quem seja o autor dos fatos, pois após se eleger ao cargo de covereadora municipal pelo PSOL, se tornou uma pessoa pública e tal fato pode ser a motivação do ocorrido”, diz o boletim.

Carolina Iara divide o mandato de vereadora com outras quatro mulheres – Silvia Ferraro, Paula Nunes, Dafne Sena e Natália Chaves. Ela é uma mulher negra, travesti e soropositiva que representa as bandeiras desses grupos na Câmara de São Paulo. “A gente não pode permitir que São Paulo repita a história do Rio de Janeiro e tenha uma Marielle Franco aqui nessa cidade. Uma Marielle Franco trans”, disse em coletiva após registrar o boletim de ocorrência, em referência à vereadora carioca morta a tiros em 2018.

Em nota, a Oxfam Brasil – uma entidade ligada à Oxfam Internacional, que é uma confederação de organizações do terceiro setor – manifestou “indignação e preocupação com mais um caso de violência política contra uma mulher negra eleita no País”.

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