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CNT/Sensus atribui vantagem de Dilma a erro de Serra

Por Andrea Jubé Vianna
Atualização:

O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, atribui a vantagem da candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) na pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje à mudança de estratégia na campanha de José Serra (PSDB), que nas últimas semanas desferiu uma série de ataques à adversária e ao PT. Ele considerou equivocada a estratégia de confrontar a candidata apoiada por um governo que segue com índice de avaliação de 77%, em decorrência da elevação da renda e do emprego. "O eleitor não entende como um candidato pode criminalizar aquele que está fazendo bem à população", argumentou o pesquisador.A CNT/Sensus mostra que a vantagem de Dilma subiu para dez pontos porcentuais em relação a Serra, seu principal adversário. Na pesquisa estimulada para o primeiro turno, ela aparece com 41,6% das intenções de voto e o tucano, com 31,6%. A mesma diferença de dez pontos aparece na sondagem espontânea: a petista tem 30,4% da preferência do eleitorado, enquanto o tucano ficou com 20,2%. Serra abandonou a postura de candidato do "pós-Lula" - que incorporou, por exemplo, ao prometer dobrar o alcance do Bolsa Família - para uma atitude mais ofensiva. Há duas semanas, ele endossou as acusações de seu candidato a vice-presidente, Índio da Costa (DEM), que associou o PT às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao narcotráfico. A vantagem de Dilma dobrou em comparação com o último resultado do instituto Ibope.A pesquisa Ibope/TV Globo divulgada no último dia 30 de junho apontou uma diferença de cinco pontos porcentuais entre Dilma e Serra. Naquela sondagem, a petista apareceu com 39% das intenções de voto e o tucano, com 34%. Assim como a CNT/Sensus, a margem de erro também era de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. Já a sondagem feita pelo Datafolha veiculada em 24 de julho apontou empate técnico entre os principais candidatos, com José Serra numericamente à frente de Dilma. Segundo esse levantamento, o tucano liderava a corrida presidencial com 37% das intenções de voto, e Dilma viria na sequência, com 36%.

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