29 de novembro de 2010 | 17h27
"Não somos invasores do Morro do Alemão. Tampouco um tribunal da inquisição", disse, em entrevista a jornalistas hoje. Ele explicou que os supostos casos de corrupção serão devidamente apurados, ressaltando não poder "sair por aí fazendo denúncias ou acusando pessoas, sem nenhum fundamento". Explicou que o CNJ não tem o poder de decretar prisões, cancelar sentenças ou fazer investigações. No caso envolvendo um desembargador do Tribunal de Justiça (TJ-MS), em pagamentos de propinas, adiantou existir "investigações sigilosas sobre o assunto, sendo realizadas pelos órgãos competentes para tanto". Os trabalhos estão sendo realizados na sede do TJ-MS e têm como principal objetivo inspecionar a atuação do tribunal no atendimento à população.
No que se refere ao Governo do Estado, está na mira do CNJ o escândalo chamado "farra das propinas" , em Dourados, região sul do Estado. O esquema foi identificado e comprovado pela Polícia Federal (PF) desde o dia 1º de setembro deste ano, quando ocorreu a Operação Uragano. A ação do CNJ nesse caso é devido à série de denúncias feitas pelo ex-chefe de gabinete do prefeito Ari Artuzi (sem partido), Eleandro Passaia, que acabou atingindo o TJ-MS e o MPE.
A controladoria Geral da União ainda não terminou o levantamento dos prejuízos causados ao erário público federal em Dourados, mas considera fechado o levantamento feito na Secretaria Municipal de Educação, apontando que o "rombo" passou de R$ 25 milhões em despesas superfaturadas entre 2009 e este ano.
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