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CNA autoriza acesso de perícia a computadores

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Por Fabiola Salvador
Atualização:

A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou hoje um comunicado no qual confirma a autorização para contratar uma empresa especializada com o objetivo de investigar, de imediato, a possibilidade de que mensagens eletrônicas de uso da entidade tenham sido, irregularmente, interceptadas por terceiros. A CNA também permitiu o acesso a todo o sistema de equipamentos de informática para o trabalho das perícias policial e da empresa contratada. Na mesma nota, a CNA informou que não faz contribuições financeiras para campanhas eleitorais. Participaram da reunião presidentes de 22 das 27 federações de agricultura. A contratação foi aprovada por unanimidade, até mesmo com o voto do presidente da entidade, Fabio Meirelles, que também é presidente da Federação da Agricultura de São Paulo (Faesp). Na semana passada, Meirelles havia se recusado a assinar o pedido de contratação. A contratação de uma auditoria era defendida pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que acusava que o correio eletrônico dela havia sido "violado" em busca de informações que pudessem prejudicar a campanha a presidente da CNA. Em conversas informais, Kátia acusou Meirelles de ser o mandante da violação. Fontes informaram que ela teria dito, durante o encontro, que não tem "nada a ver" com a liberação de R$ 650 mil desembolsados pela CNA para uma campanha com o objetivo de alertar o produtor sobre a necessidade do voto consciente. Kátia disse, segundo as fontes, que estava licenciada da diretoria da entidade quando a campanha foi contratada. A CNA informou na nota que, depois de parecer favorável unânime do Conselho Fiscal, a prestação de contas da confederação referente ao exercício de 2006 foi aprovada também por unanimidade e sem ressalvas pelo Conselho de Representantes, em reunião realizada em 25 de abril de 2007. ''Lisura'' "Atestamos a probabilidade e a lisura com que foram administrados os recursos da entidade durante o mandato do ex-presidente Antônio Ernesto de Salvo, que sempre se conduziu de forma correta à frente da entidade", diz o comunicado. Salvo morreu em 2007. Ainda segundo a CNA, em "respeito suas atribuições e como legítima representante dos produtores rurais", a entidade sempre se orientou pela obediência à lei e ao Estado de direito. No último ponto do comunicado, a entidade faz referência à senadora do DEM do Tocantins, que teve o nome envolvido no fim de semana em suspeitas de uso irregular de recursos da CNA na campanha eleitoral de 2006. No texto, o conselho lembra que o trabalho de Kátia na CNA e no Congresso "honra todo o setor agropecuário brasileiro".

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