Clima é ruim para aprovar ajuste fiscal, diz dirigente do PMDB

Deputado Baleia Rossi, presidente da legenda no Estado, vê como 'sinal de diálogo' encontro desta segunda do governo com integrantes do partido

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Baleia Rossi Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Ribeirão Preto - O deputado federal e presidente do PMDB do Estado de São Paulo, Baleia Rossi, classificou como "um sinal de diálogo" do governo o jantar desta segunda-feira, 23, entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e as principais lideranças do partido, em Brasília. No entanto, segundo ele, "o clima é ruim" para a aprovação do plano de ajuste fiscal em tramitação no Congresso, que será tema do encontro.

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"É um sinal de diálogo, mas não acho que a reunião vá ajudar muito, porque o clima é ruim. Quem quer aumentar imposto e cortar direito trabalhista?", indagou Rossi.

Apesar de comandar o PMDB paulista e ser um dos parlamentares mais próximos a Michel Temer (PMDB), Rossi não participará do jantar, à noite, no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República. Além de Levy e Temer, devem estar no encontro os ministros do PMDB, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além dos líderes do partido na Câmara, Leonardo Picciani (MG), e no Senado, Eunício Oliveira (CE).

Ainda segundo Rossi, o jantar deve pautar a primeira reunião da bancada do PMDB na Câmara comandada por Picciani. O encontro dos deputados peemedebistas será realizado nesta terça, 24.

Com o encontro, a presidente Dilma Rousseff tenta evitar mais derrotas no Congresso. O ministro da Fazenda explicará ao PMDB a necessidade de medidas impopulares, como corte de subsídios, redução de incentivos e mudanças nos benefícios previdenciários e trabalhistas, para a economia voltar a crescer. O PMDB ameaça, por exemplo, derrubar o veto da presidente à correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda, que entrará amanhã na pauta de votações.

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