PUBLICIDADE

Clima de guerra marca sessão com ex-chefe do Fisco

PUBLICIDADE

Foto do author Renato Andrade
Por Renato Andrade
Atualização:

O clima de embate entre oposição e governo foi predominante durante a audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado ontem, quando a ex-secretária da Receita voltou a afirmar que teria se encontrado com a ministra Dilma Rousseff, no final de 2008. Almeida Lima (PMDB-SE) e Aloizio Mercadante (PT-SP) chegaram a acusar a ex-chefe do Fisco Lina Maria Vieira de prevaricação, ou seja, de ter deixado de relatar a seu superior o suposto pedido de Dilma para que a Receita agilizasse as investigações contra Fernando Sarney, filho do presidente do Senado. Antes de começar o depoimento, os senadores já gastaram quase duas horas discutindo a validade do convite feito pela CCJ à ex-secretária. A oposição acusava o governo de tentar protelar a fala de Lina e evitar que, no futuro, fosse apresentado requerimento convocado Dilma. "O governo quer blindar a ministra Dilma", acusou o senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA). O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), tentou minimizar: "O governo não teme nada... temos o direto de discordar e achar que isso é matéria para a Comissão de Assuntos Econômicos." O clima esquentou de vez quando o senador Flecha Ribeiro (PSDB-PA) acusou a base de criar "as Fard, Forças Armadas da Dilma". Mercadante foi rápido e disse que o governo temia o "GAS, Grupo de Assalto do Serra". Irritado, Lima reconheceu que faz parte da "tropa de choque" do governo, mas acusou a oposição de ser um conjunto de "trombadinhas" do poder.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.