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Clima continua tenso em fazenda ocupada no Sul

Os sem-terra tinham prazo até 5 de março para desocupar o local, mas permanecem na fazenda

Por Agencia Estado
Atualização:

Em mais um dia da guerra de nervos que antecede a desocupação da Fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul (RS), os sem-terra cortaram a energia elétrica do alojamento que a Brigada Militar mantém junto à sede da propriedade rural durante a madrugada desta sexta-feira. Além disso, os policiais disseram que ouviram diversos disparos de espingarda na região do acampamento que os sem-terra montaram em uma área de 15 hectares, dentro do território de sete mil hectares da fazenda. Como tiveram de acionar um gerador móvel e ficar vigilantes, os 320 policiais que estão na fazenda passaram a noite sem descansar. Nos últimos dias, a Brigada Militar também observou algumas deserções do acampamento do MST. Quatro integrantes que desistiram da ocupação nesta sexta-feira foram encontrados por uma patrulha e disseram aos soldados que não acreditam mais no movimento. A fazenda foi invadida por 1,9 mil sem-terra no dia 28 de fevereiro. O juiz Orlando Faccini Neto concedeu reintegração de posse aos irmãos Félix e Vera Guerra, no dia 4 de março, e deu prazo até o dia 5 para a retirada voluntária. Como os sem-terra permaneceram no local, a Brigada Militar prepara a operação de despejo, mas, por motivos estratégicos, não divulgou a data da operação, para a qual precisa de 700 homens, 380 a mais do que os já enviados para o local.

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