
22 de agosto de 2015 | 13h46
Segundo Camargo, o lobista Fernando Soares era conhecido por representar o PMDB, o que incluiria, além de Cunha, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o vice-presidente da República Michel Temer.
"Havia comentários de que Fernando Soares era representante do PMDB, principalmente de Renan, Eduardo Cunha e Michel Temer. E que tinha contato com essas pessoas de 'irmandade'", consta em relatório dos investigadores sobre o primeiro depoimento prestado por Júlio Camargo à Procuradoria Geral da República (PGR), em março.
Temer, em nota, disse que apoia as investigações da Operação Lava Jato e que essas apurações contribuem para o fortalecimento das relações institucionais brasileiras e da República. O comunicado, no entanto, contesta as informações dadas pelo delator e as classifica como "inteiramente falsas".
"Michel Temer não conhece Fernando Soares, nunca teve ou tem com ele qualquer relação ou contato de 'irmandade'; também não conhece Júlio Camargo", disse a nota. "O vice-presidente incentiva apurações sérias, profundas e responsáveis sobre os fatos. Apenas se insurge contra informações falsas e inverídicas", concluiu o comunicado.
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