Ciro diz que FHC é complacente

Por Agencia Estado
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O ex-ministro Ciro Gomes defendeu nesta manhã - ao passar por Bauru rumo a Buenos Aires - a abertura de CPI para apurar as denúncias de corrupção feitas pelo senador Antonio Carlos Magalhães, a acusação de que ACM violou a votação secreta no Senado, e a de que o senador Jader Barbalho desviou dinheiro do Banco do Estado do Pará para contas particulares suas e de seus parentes. "Precisamos da apuração rápida e transparente dessas coisas, porque do jeito que os problemas têm sido encaminhados, com acusações sendo respondidas com outras acusações, o povo fica com a sensação de que a política apodreceu e de que todos têm razão. Essa sensação de que a imundice e a corrupção são práticas generalizadas na vida publica brasileira, compromete os políticos e deforma a democracia" - disse. Em resposta ao deputado Artur Virgílio (PSDB-AM), que o considerou "sublegenda de ACM", Ciro disse que sua fala exprime a tática adotada pelo governo de desqualificar aqueles que o criticam. "Virgilio, ACM e FHC estiveram juntos durante seis anos, agora romperam e querem me vincular ao senador, mas todos sabem que eu prego a apuração também em relação a ACM". Disse ainda considerar o presidente FHC complacente e pouco interessado em apurar as denúncias de corrupção no seu governo, citando a acusação do próprio ACM de que houve propina na privatização da Telebrás. "É preciso apurar tudo para, ou punir aquele que denunciou falsamente ou, compravada a denúncia, adotar as medidas contra o denunciado" - disse Ciro passou por Bauru para palestrar a empregados e clientes de uma indústria. Aproveitou para abonar fichas de novos filiados ao PPS. Admitiu que essa sua peregrinação faz parte da campanha à presidência da República: "Se eu falasse que não, você não acreditaria" - respondeu ao repórter da Agência Estado. Esquivou-se de falar sobre Tasso Jereissati e, ao ser perguntado se, numa composição de esquerda, aceitaria ser vice de Lula, foi enfático: "Quero que ele seja meu vice".

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