Ciro diz que erros do governo prejudicam Serra

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Por Agencia Estado
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O pré-candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou nesta quarta-feira que alguns "erros estratégicos" do governo Fernando Henrique Cardoso estão atrapalhando a campanha do ministro da Saúde, José Serra (PSDB), à sucessão presidencial. Ciro elogiou a cultura de estabilização da moeda feita pelo governo federal e afirmou que Fernando Henrique conseguiu dar "grande altura ao cargo quando representou o país lá fora". O ex-ministro disse não concordar com a política externa do atual presidente. "Acho que ele foi concessivo aos interesses internacionais", disse. Além disso, o presidenciável acredita que o Fundo de Valorização do Ensino Fundamental (Fundef) é "uma boa idéia que pode ser aperfeiçoada". Para o candidato do PPS, no entanto, alguns erros estratégicos de "um modelo perverso" prejudicam o balanço do governo. "O governo Fernando Henrique gastou R$ 11 bilhões com educação e R$ 97 bilhões em juros, que justificam os altos lucros registrados pelas instituições financeiras no ano passado", disse. Da mesma forma, conforme o ex-ministro, o governo federal realizou gastos de R$ 33 milhões com o Plano Nacional de Segurança Pública e R$ 200 milhões com propaganda na televisão. Estes pontos, segundo Ciro Gomes, estão impedindo que a pré-campanha do ministro José Serra decole. "Na medida em que o governo cometeu estes erros estratégicos e deixou a grande maioria dos trabalhadores em situação difícil, é duro pedir a eles mais oito anos de governo. É preciso que o Brasil mude", disse. Ciro Gomes acusou também os institutos de pesquisa de manipulação dos resultados. "Mesmo com todas as manipulações, a candidatura dele não conseguiu decolar", disse. Questionado se a candidatura do ministro da Saúde correria o risco de não emplacar, o pré-candidato do PPS se limitou a dizer "não posso antecipar o resultado de uma campanha que ainda nem começou". Ciro Gomes participou hoje do encontro, em Belo Horizonte, de oito partidos (PTB, PFL, PV, PSL, PPB, PSB, PMN e PPS), que discutem a possibilidade de lançar um candidato único ao governo do Estado.

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