Ciro chama vereador do DEM de ‘capitãozinho do mato’

Em entrevista à rádio Jovem Pan, o ex-ministro disse que Fernando Holiday é ‘um negro usado pelo preconceito para estigmatizar’; vereador disse que o pré-candidato do PDT irá responder na Justiça pelas declarações

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO. O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, chamou o vereador Fernando Holiday (DEM) “capitãozinho do mato” em entrevista nesta segunda-feira, 18, à rádio Jovem Pan. As declarações repercutiram nas redes sociais. O vereador, ligado ao MBL, considerou a fala do ex-ministro dos governos Itamar Franco e Luiz Inácio Lula da Silva racista e anunciou, através das redes sociais, que pretende processar o pedetista.

+ Maia diz que não conversou com Ciro e que mantém pré-candidatura

“Esse Fernando Holiday aqui é um capitãozinho do mato. Porque a pior coisa que tem é um negro usado, pelo preconceito, para estigmatizar”, afirmou Ciro Gomes.

Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência Foto: Dida Sampaio/Estadão

PUBLICIDADE

A declaração do ex-ministro foi dada ao contextualizar a possibilidade de aliança com o DEM. Ao ser questionado pela jornalista Vera Magalhães, do site BR18, sobre como seria a “liga” entre um partido que apoiou o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT) e ele, que considerou o ato um “golpe”, Ciro afirmou que há diferenças profundas entre o pensamento dele com os dos representantes democratas e que elas só poderiam ser rompidas se olhar apenas o futuro.

Após encontro com Maia, Cid Gomes diz que prioridade do PDT é o PSB

“Não há a menor chance de a gente superar essas contradições sem violentar determinados princípios. E princípios eu não violento”.

O vereador Fernando Holiday, em nota, afirmou que vai processar o pedetista: “Em viagem pelo estado do Amapá fui informado de que fui alvo de ofensas raciais por parte do ex-ministro Ciro Gomes, que se referiu a mim como ‘capitãozinho do mato'”, afirmou Holiday em nota sobre a questão.

Publicidade

“A gravidade do ato foge da esfera política. Não se trata de divergência ideológica, mas de injúria racial pura e simples. Justamente por isso irei processar o pré-candidato. Nossa conversa será na Justiça.”

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.