Ciro admite candidatura em 2010 contra neoliberalismo

Ciro participou nesta 2ª da campanha de Lacerda à prefeitura de BH, ao lado de outro presidenciável, Aécio

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Por Redação
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O deputado federal Ciro Gomes  (PSB) admitiu entrar na disputa presidencial de 2010, caso se viabilize uma candidatura que represente a volta de um projeto neoliberal de governo. "Quem já foi candidato duas vezes não pode andar mentindo, dizendo que não é candidato. Eu, provavelmente, posso ser candidato em 2010, dependendo de algumas circunstâncias que ainda não estão dadas", disse ele, em caminhada ao lado de sua ex-mulher e candidata a prefeita, Patrícia Saboya (PDT), no sábado.   Nesta segunda-feira, 11, Ciro participa da campanha de Márcio Lacerda (PSB) à prefeitura de Belo Horizonte ao lado de outro presidenciável, o governador de Minas, Aécio Neves. Ambos defenderam a união dos lados "bons" da política brasileira. Mais uma vez, Aécio e Ciro trocaram rasgados elogios. O socialista disse que a candidatura de Lacerda - da qual também foi um dos articuladores - serviu para aproximá-lo mais do governador tucano.   Ciro considerou, inclusive, se necessário, ser vice de Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República e um dos nomes cotados para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo PT.   O parlamentar socialista classificou ainda de "estupidez" a tentativa de se aprovar no Congresso Nacional uma lei que impeça a candidatura de pessoas que respondam a processo na Justiça, o chamado candidato ficha-suja. Ele considerou sensata a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a condição de inelegibilidade só é válida para aqueles cuja sentença condenatória tenha sido transitada em julgado.   Para o deputado, impedir a candidatura de uma pessoa que não foi julgada e condenada em última instância é "usurpar direitos fundamentais". "Imagine, se um 'belequim' qualquer se acerta com um candidato e entra com uma representação contra o sujeito e tira dele um direito fundamental que é participar do processo democrático", exemplificou.   (Com Clara Guimarães, da Reuters)

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