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Cirilo se diz vítima de perseguição política

Cirilo foi apontado pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos donos da Planam, cabeça da máfia dos sanguessugas, como a pessoa que intermediou a liberação de R$ 8 milhões junto ao Ministério da Saúde

Por Agencia Estado
Atualização:

O petista José Airton Cirilo, candidato a deputado federal pelo Ceará, embarcou para Brasília nesta quinta-feira, 03, pela manhã. Ainda no aeroporto de Fortaleza, em entrevista a um site cearense (opovo.com.br), ele se disse vítima de "uma onda de perseguição política". "Eu gostaria de denunciar essa onda de perseguição política que nós temos sido vítimas nesses últimos dias e que não é só contra mim, mas contra o PT, contra nossas lideranças, que são envolvidos de forma covarde e sem nenhuma prova, a partir de relatos irresponsáveis por pessoas criminosas e que são colocados na mídia sem nenhuma comprovação", defendeu-se o petista. Cirilo foi apontado pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos donos da Planam, cabeça da máfia dos sanguessugas, como a pessoa que intermediou a liberação de R$ 8 milhões junto ao Ministério da Saúde. Ele teria recebido 5% de propina pelo serviço. Em depoimento prestado à Justiça Federal, Vedoin disse que Humberto Costa, hoje candidato ao governo de Pernambuco, havia sido escolhido ministro da Saúde com o aval de Cirilo devido à sua suposta cota de participação no governo federal. "Veja até que ponto chega o delírio desse cara", rebateu o petista. "Acusam-nos de ter liberado milhões para vários Estados, como Mato Grosso do Sul, Ceará e Piauí, envolvendo de forma irresponsável pessoas inocentes, como é o caso do ministro Humberto Costa e do governador do Piauí, Wellington Dias (PT). Eu posso afirmar categoricamente que nunca tratei nem com ministro nem com o governador. Nunca tratamos desse assunto de liberação de recursos para o Ceará ou para o Piauí ou qualquer outro estado", garantiu. Cirilo afirmou que a única vez que esteve com o então ministro Humberto Costa em Brasília foi para tratar de uma campanha de vacinação feita pelo Rotary. Ele também negou ter se encontrado com Vedoin em um flat, em Brasília. "Eu morei em Brasília num apartamento alugado, tenho comprovante do contrato do imóvel em que residi". O petista confirmou a versão de seu sobrinho, Raimundo Lacerda Filho, o Lacerdinha, apresentada em um jornal cearense. "Ele (Larcedinha) deu uma declaração à imprensa, reconhecendo que era assessor do Luiz Pontes (senador pelo PSDB), e usou da minha amizade e da minha influência e me apresentou a esse cara (Vedoin)". Cirilo afirmou que está disposto a esclarecer e a provar que não tem nenhuma participação no esquema dos sanguessugas. Perguntado se aceitaria uma acareação com Vedoin, ele respondeu: Eu não quero me envolver com bandido.

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