Cigarro na gestação pode ser tão ruim quanto o crack

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Fumar cigarros, mesmo com moderação, durante a gravidez pode provocar alterações de comportamento em bebês recém-nascidos semelhantes às causadas por drogas ilegais, de acordo com um estudo da Universidade Brown, em Rhode Island, nos Estados Unidos, publicado na revista médica Pediatrics. A pesquisa sugere que as alterações comportamentais constatadas são semelhantes às que se vê em recém-nascidos de mães que usam crack, cocaína ou heroína durante a gravidez ? e são suficientemente fortes para sugerir que os bebês enfrentam "crises de abstinência". Os pesquisadores descobriram que mulheres que fumavam apenas seis a sete cigarros por dia deram à luz bebês mais agitados, irrequietos, com menos flexibilidade e mais difíceis de consolar do que filhos de mães não-fumantes. De acordo com o estudo, quanto mais alta a dose de nicotina verificada na mãe, maiores os sinais de estresse nos bebês. "Temos uma droga legal na nicotina que pode ter o mesmo efeito tóxico das drogas ilegais. É um grande problema de saúde pública que tantas pessoas estejam pagando o preço do fumo, até os recém-nascidos", diz Karen Law, uma das pesquisadoras da Brown. No entanto, Barry Lawson, colega de Law, afirma que o uso de drogas ilegais durante a gravidez causa muito mais preocupação do que o de tabaco. Ainda assim, o número de mulheres que fuma durante a gravidez é seis vezes maior que o número de mulheres que utiliza drogas ilícitas. As novas descobertas indicam que são necessárias novas iniciativas para alertar contra os perigos do fumo. "Se um bebê vulnerável recebe atenção e tratamento, não há porque imaginar que a criança não se desenvolva bem", disse Lawson. As informações são do site da BBC em português. Para ler o noticiário da BBC, que é parceira do estadao.com.br, clique aqui.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.