Cidadãos que vivem na fronteira Brasil-Uruguai serão legalizados

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Por Agencia Estado
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As 700 mil pessoas que vivem ou trabalham na fronteira Brasil-Uruguai, nas cidades de Jaguarão, no Rio Grande do Sul, e Rio Branco, do lado uruguaio, receberão novas carteiras de identidade para legalizar sua situação na região. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Didier Opertti, encontraram-se nesta quarta-feira, na fronteira entre os dois países, onde fizeram uma entrega simbólica das primeiras carteiras e assinaram uma agenda de cooperação nas áreas de saúde, educação, segurança, meio ambiente e saneamento. A medida vai permitir a livre locomoção de habitantes dos dois países, em uma faixa de 20 km de extensão na fronteira, e o livre acesso dos cidadãos a serviços de transporte público, escola e trabalho. Segundo o embaixador do Brasil no Uruguai, Eduardo dos Santos, que acompanhou a assinatura do acordo, a medida facilitará a vida dos cidadãos. "E permitirá o acesso a serviços educativos e ao trabalho, além da legalização para as pessoas que vivem de um lado e trabalham de outro, em situação irregular", diz o embaixador. Os ministros brasileiro e uruguaio assinaram também uma carta conjunta dirigida ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para financiamento de projetos. Ficou acertada a instalação de uma comissão mista para a licitação de uma segunda ponte sobre o rio Jaguarão, que reforçará a integração física entre Brasil e Uruguai. Os dois governos também concordaram em reformar a Ponte Barão de Mauá e colocar em operação um sistema único de energia elétrica entre as cidades de Santana do Livramento e Rivera.

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