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Chinaglia quer rapidez em voto de reforma política

Presidente da Câmara espera que mudanças sigam para o Senado ainda este ano

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse neste domingo, 1, em Ribeirão Preto, que espera colocar em discussão nos dois próximos meses a reforma política, para que a mesma seja votada no Senado até o final do ano. "Coloquei o tema na ordem do dia e vamos ouvir as entidades da sociedade, os novos deputados e colocar em votação", explicou Chinaglia. "(Tem que ser) Neste ano, para dar tempo de valer para as eleições do ano que vem, senão vai acontecer de, de novo, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) legislar", emendou ele. Chinaglia pretendia, desde quando assumiu o cargo, que a reforma política fosse votada no Congresso até maio, como tinha acertado com os representantes de todos os partidos, mas a crise do apagão no setor aéreo e a possível instalação de uma CPI para investigar essa situação obstruiu a pauta. "Mas nessa semana eu coloco de novo a discussão da reforma política", garantiu o presidente da Câmara. Apesar do atraso, ele quer resolver o problema em dois meses. "Estou moderadamente otimista porque vamos colocar em discussão aquilo que já foi aprovado por unanimidade na comissão especial, que foi feita na legislatura passada", disse ele, após o ato de comemoração do centenário do colégio Otoniel Mota, em Ribeirão Preto. Chinaglia, que é de Serra Azul, estudou na escola entre 1965 e 1967. Apagão Aéreo Arlindo Chinaglia não acredita mais numa possível reviravolta na CPI do Apagão Aéreo. Ele entende que a liminar do ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Celso Melo, que decidiu pelo desarquivamento do requerimento da mesma e pela não publicação do ato da criação da CPI. "Por essa decisão do Supremo, até o momento, ela (CPI) não pode e não deve ser instalada, e tem que se aguardar a decisão do pleno do STF, então vamos cumprir rigorosamente aquilo que concedido", avisou o presidente da Câmara. Chinaglia ainda lembrou que o plenário da Câmara também decidiu pela não criação da CPI do Apagão Aéreo. "Portanto, os que discursam a favor, sabem que estão apenas fazendo discurso, e vou agir com a responsabilidade que a Câmara e a presidência tem que ter." Chinaglia disse que na segunda, 2, deverá reunir-se com o comandante da Aeronáutica, em almoço, e poderá obter mais informações a respeito da crise. Ele também acredita que uma CPI, após seis meses de crise, não resolveria o problema. "Se fosse esperar a instalação de uma CPI, para resolver um problema que já dura seis meses, eu penso que seria outro erro grave, pois é mais que passada a hora para que o Executivo dê conta de resolvê-lo", enfatizou Chinaglia. "A CPI pode esclarecer algum aspecto, mas depois de seis meses eu trabalho com a hipótese, firmemente, que o diagnóstico já está feito e falta fazer o tratamento." Demora da CPI Mas Chinaglila lembrou que a CPI poderia demorar quatro meses e que a sociedade precisa de uma resposta rápida para a atual crise. Porém, não descartou a proposta do deputado Fernando Gabeira (PV) para criar um grupo de trabalho na Câmara para acompanhar a situação da crise do setor aéreo. "Temos um problema aí, que é localizado, grave, e que já dura muito tempo e a pressão que o Congresso deve fazer é para resolver o problema", destacou o presidente da Câmara. Chinaglia também comentou sobre o reajuste dos parlamentares, que deverá ser pelo IPCA dos últimos quatro anos, ou seja, apenas as reposições de perdas inflacionárias, não aumento real. Ele disse que, em reuniões formais e informais com os líderes dos partidos, "houve unanimidade ou amplíssima maioria" para a reposição e o reajuste será votado em plenário assim que houver a desobstrução da pauta. Desta segunda ate quarta-feira, 4, a Câmara deverá votar as medidas provisórias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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