Chinaglia nega que Lula tenha oferecido ministério

Presidente teria tentado a saída para que o deputado petista ou Aldo Rebelo desistissem da disputa pela presidência da Câmara. A idéia é ter candidato único

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato à presidência da Casa, afirmou que está em campanha e que não acredita no "mantra" de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prefere a recondução do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao cargo. Sobre a possibilidade de um dos candidatos ser indicado pelo presidente para comandar um ministério, Chinaglia afirmou que nesse momento falar sobre isso seria "passar recibo de que é derrotado". Ele negou que no encontro da última quarta o presidente Lula tenha oferecido um ministério para que um dos dois candidatos deixasse a disputa. O candidato petista afirmou que a busca de um único nome é um desafio não apenas dos dois candidatos, mas deve ser dividido com os líderes partidários. Chinaglia minimizou a proposta de prévia entre os partidos da base aliada. "Aquilo (a proposta de prévia) não foi uma defesa tão enfática", disse. Ele afirmou que não exclui nenhuma hipótese nessa busca de um candidato único, mas que apenas respondia a uma pergunta quando falou sobre prévia. Sobre o lançamento de um terceiro candidato na disputa, como pretende o PSOL, e alguns deputados, Chinaglia considerou que não há clima na Casa para isso. "Não há espaço para outro Severino", disse ele referindo-se, ao ex-presidente Severino Cavalcante que foi eleito derrotando, em 2005, dois candidatos petistas: Luiz Greenhalgh (SP) e Virgílio Guimarães (MG). Nesta quinta-feira, o PSOL decidiu que quer um candidato alternativo. Nomes como o dos deputados Fernando Gabeira (PV-RJ), Raul Jungmann (PPS-PE), Luiza Erundina (PSB-SP) e Carlos Sampaio (PSDB-SP) são cogitados para entrar na disputa. A deputada do partido, Luciana Genro, informou que na próxima semana haverá uma nova reunião, em São Paulo, para tratar do assunto.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.