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Chinaglia espera apoio da oposição a Marta no 2º turno

PT pretende aproveitar guerra deflagrada entre os candidatos a prefeito de Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab

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O PT pretende aproveitar a guerra deflagrada entre os candidatos a prefeito de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) - cujos partidos são seus principais adversários políticos em nível nacional - para buscar apoio de dissidentes à candidata Marta Suplicy (PT), no segundo turno da eleição em São Paulo (SP). "Kassab e Alckmin se sentem desconfortáveis (com o racha no PSDB) e, na minha opinião, vão ficar feridas abertas que irão interferir no resultado eleitoral", disse ontem à noite o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O parlamentar acha que "é complexo, mas não impossível" um apoio à Marta do candidato oposicionista que não for para o segundo turno, seja ele Kassab ou Alckmin. Chinaglia esteve na última noite em Ribeirão Preto (SP) em um jantar de apoio ao candidato a prefeito do PT local, Feres Sabino. Os precedentes de adesão de dissidentes da oposição já surgiram no passado, com Marta apoiando em 1998 o então candidato a governador Mário Covas (PSDB) e com Alckmin retribuindo o apoio em 2000, quando a mesma candidata do PT foi para o segundo turno na capital paulista. Nos dois casos, PT e PSDB se uniram contra Paulo Maluf (PP). "É normal, não é novidade, a concepção do segundo turno é para isso. Recusar apoio é recusar votos", afirmou Chinaglia. O deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), também presente ao mesmo jantar de ontem, avalia como certa a ida de Marta ao segundo turno e disse pensar que a candidata do PT à Prefeitura de São Paulo "não deverá, como é tradição das lideranças democráticas, dispensar apoio". "Vamos acompanhar", afirmou o deputado, um dos parlamentares mais próximos à candidata dentro do PT.

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